Nos últimos dias, o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, foi alvo de denúncias sobre a falta de pediatras e obstetras, o que poderia comprometer a qualidade do atendimento e gerar desassistência na instituição de saúde do Litoral Norte gaúcho. Entidades médicas representativas do Rio Grande do Sul alertaram para a possibilidade de interdição ética do hospital caso providências não fossem tomadas com urgência, especialmente em um período crítico como o verão, quando a população da região aumenta exponencialmente.
Diante das acusações, o diretor médico do hospital, Dr. Fábio Amoretti, conversou com a reportagem da Rádio Maristela nesta terça-feira (04) e esclareceu a situação. Segundo ele, alguns médicos fizeram um movimento considerado ilegal e abandonaram as escalas de plantão, apesar do pagamento parcial de seus salários.
“A falta de profissionais momentaneamente gerou preocupação, mas a direção do hospital agiu rápido para reorganizar as escalas e garantir o atendimento à população. Hoje, podemos afirmar que os serviços estão normalizados”, afirmou Amoretti.
CRÍTICAS
A polêmica também levantou questionamentos sobre o modelo de gestão terceirizada da saúde. Para as entidades médicas, a terceirização, quando mal implementada, pode precarizar o atendimento e comprometer a qualidade dos serviços prestados à população.
Em resposta às críticas, a entidade responsável pela administração do hospital, o IBsaúde, divulgou uma nota oficial reafirmando seu compromisso com o funcionamento pleno da instituição.
“Desde que assumimos a gestão do Hospital, em janeiro de 2024, sempre honramos com os salários dos profissionais CLTs em dia. Com relação aos demais prestadores, mantemos um diálogo aberto e priorizamos o mantenimento dos serviços com qualidade. Asseguramos que as escalas médicas estão mantidas e não há necessidade de os pacientes buscarem atendimento em outras cidades”, diz o comunicado.
A direção do hospital também reforçou que, mesmo com o aumento da demanda devido à temporada de verão, os serviços de saúde seguem em pleno funcionamento e sem qualquer prejuízo à população.
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