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Confiança em Deus: o caminho para a verdadeira felicidade

por Melissa Maciel
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No artigo “É feliz quem a Deus se confia!”, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, reflete sobre as bem-aventuranças segundo o evangelho de São Lucas e a contraposição entre bênçãos e advertências. Ele destaca que aqueles que depositam sua confiança no Senhor encontram verdadeira felicidade, enquanto os que vivem na autossuficiência acabam enfrentando um vazio que jamais será preenchido. A mensagem se baseia na liturgia do final de semana e também na passagem de Jeremias 17, que compara quem confia em Deus a uma árvore frondosa e quem se afasta d’Ele a um arbusto seco no deserto.

O bispo ressalta que Deus não amaldiçoa ninguém, mas usa uma linguagem forte para despertar os que se afastaram do caminho da justiça. O Salmo 1 reforça essa ideia, mostrando que confiar em Deus traz alegria e serenidade, pois aqueles que O buscam sabem que são amados e sustentados por Ele. Por outro lado, quem não se confia a Deus vive em eterna busca, tentando preencher um vazio sem sucesso, o que pode levar à insensibilidade e ao afastamento espiritual.

Ao final, dom Jaime faz um convite à reflexão: será que realmente confiamos em Deus? Somos felizes na nossa fé? A resposta a essas perguntas pode mudar a forma como encaramos a vida e nos relacionamos com o próximo.

Confira a íntegra do artigo:

É feliz quem a Deus se confia!

A liturgia deste final de semana nos apresenta as bem-aventuranças segundo São Lucas, que têm uma forma um pouco diferente da de Mateus para apresentar o conteúdo. A diferença não está apenas no local — planície em Lucas e montanha em Mateus —, mas também no fato de que, a cada bem-aventurança, Lucas contrapõe um “ai de vós”. Jesus proclama as “felicitações” àqueles que têm como objetivo o Reino de Deus e as “maldições” àqueles que, autossuficientes, não precisam de ninguém.

Num certo sentido, esse ensinamento acompanha o texto de Jeremias 17, 5-8:

“Maldito o homem que confia no homem e faz consistir a sua força na carne humana, enquanto seu coração se afasta do Senhor.

Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor.”

O primeiro é comparado a um cardo no deserto, que só produz espinhos, enquanto o segundo é como uma árvore plantada à beira d’água, que nunca deixa de dar frutos.

É claro que essa linguagem precisa ser compreendida. Deus nunca amaldiçoa ninguém, pois, se o fizesse, deixaria de ser o Deus que se manifestou na história de Israel e completou sua revelação em Jesus Cristo. Trata-se de uma força de expressão usada pelo profeta para despertar aqueles que se esqueceram de Deus e de seus mandamentos, incentivando-os a voltar ao caminho do Senhor, que é o caminho da justiça e do direito.

O Salmo 1, que abre o Livro dos Salmos e que ressoamos cantando “É feliz quem a Deus se confia”, traz à tona as duas atitudes possíveis da pessoa em relação a Deus, bem como os resultados distintos entre quem confia e quem não confia no Senhor. Para quem “confia no Senhor” ou “a Deus se confia”, o resultado é a felicidade, que pode ser traduzida como alegria de viver, esperança e serenidade, pois essa pessoa sabe que é amada por Aquele que tudo pode e que só deseja o bem dos seus. Além disso, sua vida é fecunda, pois busca o Reino de Deus e a sua justiça.

Já para quem “não confia no Senhor” ou “não se confia a Deus”, o destino é bem outro. Essa pessoa estará sempre competindo com Deus e com os outros. Seu coração nunca está satisfeito, buscando coisas e subterfúgios para preencher um vazio que jamais será saciado enquanto não repousar em Deus. A felicidade nunca será alcançada e, como consequência, pode haver morte espiritual, insensibilidade completa e indiferença em relação a tudo o que acontece no mundo.

E eu? Me confio a Deus? Sou uma pessoa feliz?

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório

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