AO VIVO
AO VIVO
AO VIVO
Home » Notícias » Após reunião com Tribunal de Contas do RS, prefeito de Torres garante que APAE não vai fechar serviços de saúde

Após reunião com Tribunal de Contas do RS, prefeito de Torres garante que APAE não vai fechar serviços de saúde

por Melissa Maciel
A+A-
Reset

O prefeito de Torres, Delci Dimer, divulgou no final da tarde desta terça-feira (27) um vídeo nas redes sociais da Prefeitura Municipal informando que a APAE não encerrará suas atividades em saúde no município. A declaração foi feita após reunião realizada em Porto Alegre com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), em busca de uma alternativa legal para garantir o repasse de recursos da Prefeitura à entidade.

No vídeo, o prefeito emite a seguinte declaração:

“Quero agradecer ao presidente da APAE e a todas as pessoas que trabalham na APAE pelo movimento feito. Hoje, no Tribunal de Contas, tomamos a decisão conforme indicação do órgão. A APAE não vai fechar. Amanhã, vamos nos reunir com o presidente da APAE e o presidente da Câmara de Vereadores para dar prosseguimento à orientação e preparar os recursos necessários para o atendimento dessa população que tanto precisa”, afirmou o prefeito no vídeo.

O anúncio traz alívio a centenas de famílias que dependem dos atendimentos realizados pela instituição, sobretudo crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Até então, a APAE havia anunciado o encerramento dos serviços de saúde a partir de 1º de junho por falta de recursos.

ENTENDA O CASO

A APAE de Torres, única instituição no município que presta atendimento contínuo e especializado a pessoas com deficiência intelectual, múltipla, transtornos do desenvolvimento e TEA, anunciou que encerraria os atendimentos em saúde no início de junho. A medida atingiria diretamente 270 pessoas e mais de 2 mil consultas mensais.

O impasse surgiu após o Governo Municipal alegar impossibilidade legal de realizar repasses financeiros à entidade, mesmo com proposta da Câmara de antecipar R$ 350 mil do duodécimo. A gestão municipal justificou a recusa com base na ausência de previsão orçamentária e na exigência de chamamento público.

A direção da APAE e vereadores contestaram a justificativa, apontando respaldo legal no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Lei nº 13.019/2014), que permite dispensa de chamamento quando a entidade é a única capacitada a oferecer o serviço no município.

Com déficit mensal de R$ 40,9 mil e atendimentos remunerados pelo SUS em apenas R$ 17, valor congelado desde 2013, a APAE já havia adotado medidas emergenciais como venda de veículos e empréstimos. Ainda assim, sem apoio direto do Executivo, a continuidade dos atendimentos se tornava inviável. A crise mobilizou familiares dos atendidos, que organizaram uma manifestação na última segunda (26).

Fotos: @jurgen_mayrhofer

>> Receba as notícias da Maristela sobre o Litoral Norte gaúcho e o Sul catarinense no seu WhatsApp! Clique aqui e fique bem informado.