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Suspeito de matar instrutor em assalto em Torres é foragido com 17 anos de pena a cumprir

por Melissa Maciel
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Homem em situação de rua tinha mandado de prisão de 17 anos e diversas passagens por crimes como tráfico, furto, receptação e lesão corporal. A prisão foi efetuada pela Força Tática da Brigada Militar no fim da manhã desta terça-feira.

Atualizada às 15h12min, 27/05/2025

A Força Tática da Brigada Militar prendeu, no final da manhã desta terça-feira (27), o principal suspeito de ter cometido o latrocínio, roubo seguido de morte, que vitimou Murilo Barreto, de 38 anos, instrutor do Centro de Formação de Condutores (CFC) em Torres. A prisão ocorreu poucas horas após o crime, graças ao trabalho conjunto entre a Brigada Militar, a Polícia Civil e a colaboração de moradores da cidade.

O suspeito, identificado preliminarmente como um homem em situação de rua, afirmou estar há algum tempo em Torres, mas não soube especificar por quanto. Durante a identificação, foi constatado que ele é foragido da Justiça e possuía um mandado de prisão em aberto para cumprimento de pena de 17 anos. O homem tem passagens anteriores por tráfico de drogas, posse de entorpecentes, lesão corporal, receptação e furto.

Ele foi localizado ainda no perímetro urbano de Torres, em uma área conhecida por abrigar pessoas em vulnerabilidade social. Foi detido com base em imagens de câmeras de monitoramento e informações repassadas por populares. Conduzido à Delegacia de Polícia Civil, presta depoimento e será encaminhado ao sistema prisional, onde aguardará o desdobramento do processo judicial.

SUSPEITO

Conforme os princípios éticos do jornalismo e à presunção de inocência prevista na legislação, é importante destacar que um suspeito só pode ser oficialmente considerado autor de um crime após condenação judicial definitiva. Até lá, a reportagem informa que a pessoa foi presa sob suspeita ou investigação, com base em indícios levantados pelas autoridades.

ENTENDA O CASO

O crime ocorreu por volta das 6h da manhã, quando Murilo seguia a pé para o trabalho. Ele foi abordado por um homem em uma bicicleta na Avenida José Bonifácio, esquina com a Rua Augusto Krás Borges, em uma região próxima ao centro. Conforme informações da Brigada Militar, o suspeito anunciou o assalto e, durante a abordagem, desferiu diversos golpes de faca na vítima, que teria tentado reagir.

Mesmo ferido, Murilo conseguiu caminhar por cerca de uma quadra até a Rua Balbino de Freitas, onde caiu. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o instrutor já estava sem vida quando os socorristas chegaram.

A área foi imediatamente isolada para o trabalho dos peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). A Polícia Civil deu início às investigações e segue analisando imagens de câmeras de estabelecimentos e residências nas imediações para reconstruir o trajeto do autor do crime e reunir elementos que sustentem o inquérito.


INVESTIGAÇÃO CONFIRMA LATROCÍNIO

A delegada Juliana Lopes, responsável pelo caso, confirmou que o autor do crime roubou o telefone celular da vítima, o que configura latrocínio, um dos crimes mais graves previstos no Código Penal Brasileiro. “A linha de investigação é clara. Trata-se de um roubo seguido de morte, e a resposta rápida à prisão é resultado da mobilização eficaz das forças de segurança e da comunidade”, afirmou.

Além de ouvir o suspeito, a Polícia Civil segue colhendo depoimentos de testemunhas e cruzando dados com outras ocorrências para verificar se o indivíduo pode estar envolvido em crimes semelhantes na região.

COMUNIDADE COMOVIDA E EM LUTO

A morte de Murilo gerou forte comoção entre moradores, colegas de trabalho e alunos do CFC onde ele atuava. Descrito como uma pessoa tranquila, prestativa e dedicada, Murilo era conhecido e querido na cidade. A direção do Centro de Formação de Condutores suspendeu as atividades nesta terça-feira em sinal de luto e divulgou uma nota oficial lamentando profundamente a tragédia.

Nas redes sociais, amigos e familiares prestaram homenagens e manifestaram indignação diante da violência.

POPULAÇÃO DE RUA

A crescente presença de pessoas em situação de rua no centro de Torres tem gerado tensão entre moradores e comerciantes, que pedem ações mais efetivas de segurança e assistência social. Enquanto muitos associam o aumento da criminalidade a esse grupo, especialistas ressaltam a importância de políticas públicas que atendam essas pessoas com dignidade, evitando estigmatizações.

Além disso, autoridades destacam a necessidade de equilíbrio entre o direito à livre circulação dos moradores de rua e a segurança da população em geral, reforçando que situações de risco devem ser comunicadas às forças de segurança para as providências cabíveis.

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