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“Sorriso”, ex-jogador de futebol de Torres, enfrenta câncer e pede ajuda

por Melissa Maciel
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Conhecido pelos mais de vinte títulos no futebol amador de Torres e região, com passagem pela Copa do Brasil, como um dos mais carismáticos e talentosos jogadores, Alex Sandro de Matos Souveral, o “Sorriso”, agora trava uma batalha fora dos gramados. Aos 46 anos, Sorriso foi diagnosticado com um câncer na coluna e vive um dos momentos mais difíceis de sua vida. Sem poder trabalhar, enfrentando dores severas e com limitações físicas cada vez maiores, ele precisa do apoio da população para arcar com medicamentos, exames e despesas básicas de casa.

DEDICAÇÃO AO FUTEBOL

Sorriso é um nome conhecido por torcedores, atletas e dirigentes da região. Natural de Torres, começou a jogar ainda criança, incentivado pela paixão pelo esporte. “Ele dizia pra mim, com 9, 10 anos, que queria uma bola. Sempre foi louco por futebol”, lembra Maria Souveral, sua mãe. O apelido veio naturalmente: sua personalidade alegre, extrovertida e o sorriso fácil que exibia nos gramados conquistaram colegas, técnicos e torcidas por onde passou.

Com passagens marcantes por clubes locais e regionais, Sorriso atuou em competições no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, destacando-se em torneios municipais, campeonatos de verão e também em clubes profissionais. Entre os momentos mais lembrados está a sua atuação na Copa do Brasil em 2005, pelo clube 4 de julho do Piauí, quando representou a cidade em cenário nacional. Durante sua carreira, conquistou dezenas de títulos, sendo frequentemente artilheiro das competições em que participava. “Chegava a ganhar quatro, cinco troféus por ano. Eu nem tinha mais onde guardar”, relembra.

Além do futebol de campo, foi destaque em torneios de salão e futebol de areia. Sempre chamado para reforçar equipes e disputar decisões, era conhecido pelo faro de gol, pela técnica refinada e pela camaradagem.

A DESCOBERTA DA DOENÇA

Tudo começou com uma dor persistente no nervo ciático, há mais de um ano. Inicialmente, o incômodo foi tratado como algo comum. Sorriso, que trabalhava como pintor e sonhava viver da pesca, chegou a tirar a carteira de pescador profissional, continuava se esforçando. Mas a dor só aumentava, até que uma consulta mais aprofundada revelou um diagnóstico chocante: câncer na coluna, identificado por um ortopedista da Clínica de Especialidades de Torres, que não hesitou ao ver a imagem da ressonância.

Desde então, Sorriso enfrenta limitações motoras severas, com perda de mobilidade no lado direito do corpo e dores que o obrigam a buscar atendimento emergencial com frequência, à base de morfina. A doença avançou a ponto de impedi-lo de trabalhar, andar ou mesmo sentar com conforto. A biópsia, que definirá detalhes fundamentais para o tratamento, ainda está em fase de agendamento via SUS, o que, segundo a família, vem enfrentando atrasos, mesmo com pedido de urgência.

UM APELO À SOLIDARIEDADE

Sem renda fixa, com contas básicas acumuladas, inclusive energia elétrica, Sorriso precisa de ajuda para continuar lutando. Entre os gastos mais urgentes estão medicamentos, alguns de alto custo, e exames que o SUS não cobre. Para isso, amigos e familiares iniciaram campanhas solidárias: uma rifa, doações via Pix e arrecadações feitas diretamente com a comunidade.

“Feio é roubar e matar. Eu trabalhei a vida inteira, mas hoje não tenho mais como. Às vezes eu ligo pedindo uma cesta básica, e graças a Deus ainda tem gente que ajuda”, desabafa Sorriso, que também se ressente da ausência de alguns antigos colegas de futebol. “Quando eu fazia gol, era bajulado. Hoje, muitos se afastaram. Mas tem gente que eu nem esperava e que tá me dando uma mão enorme.”

A mãe Maria, sempre presente, também é seu principal apoio. “Se não fosse minha mãe, eu não sei o que seria de mim”, diz agradecido.

COMO AJUDAR

Sorriso disponibiliza um contato principal para doações ou informações:

  • Pix e telefone de Sorriso: (51) 99940-1248

De acordo com Maria, toda contribuição, mesmo que pequena, fará grande diferença neste momento delicado. Seja com medicamentos, cestas básicas, ajuda com contas atrasadas ou apenas uma palavra amiga, o gesto de solidariedade é fundamental.

Sorriso já deu muitas alegrias aos gramados da região. Agora, a comunidade tem a oportunidade de retribuir com empatia, carinho e apoio concreto a quem sempre jogou com o coração.

CONFIRA A ENTREVISTA

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