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Artigo de dom Jaime Kohl fala sobre os idosos serem fonte de luz na caminhada cristã

por Anderson Weiler
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No contexto do Jubileu da Esperança, o Papa Francisco propõe uma profunda valorização da velhice como tempo de bênção, graça e testemunho. A mensagem para o Dia Mundial dos Idosos nos convida a reconhecer o papel vital dos mais velhos como portadores da memória da fé e sinal vivo da fidelidade de Deus. Nomes bíblicos como Abraão, Sara, Moisés e Isabel são lembrados para reafirmar que Deus continua a chamar e confiar missões importantes àqueles que já viveram muito. Na velhice, ensina o Papa, “a esperança é provada, mas também se torna mais autêntica”.

Em sintonia com essa mensagem, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, reforça que a Igreja precisa ser protagonista de uma “revolução da gratidão e do cuidado”. É urgente romper os muros da indiferença que cercam tantos idosos, promovendo uma presença próxima, escuta atenta e vínculos de amor e oração. Visitar um idoso, afirma Dom Jaime, “é um modo de encontrar Jesus”.

Leia o artigo completo e reflita sobre como podemos, juntos, valorizar e cuidar daqueles que são as primeiras testemunhas da esperança.

Os idosos nos incentivam à esperança

A mensagem do Papa Leão XIV para o Dia Mundial dos Idosos
A mensagem do Papa Leão XIV para o Dia Mundial dos Idosos nos deixa esta bela reflexão:

“O Jubileu que estamos a viver ajuda-nos a descobrir que a esperança é, em todas as idades, perene fonte de alegria. Além disso, quando é provada pelo fogo de uma longa existência, torna-se fonte de uma bem-aventurança plena. Na Bíblia, Deus mostra várias vezes a sua providência dirigindo-se a pessoas idosas. Foi o que aconteceu com Abraão, Sara, Zacarias, Isabel e também com Moisés, chamado a libertar o seu povo quando tinha oitenta anos.
Com estas escolhas, Ele ensina-nos que, aos seus olhos, a velhice é um tempo de bênção e graça e que, para Ele, os idosos são as primeiras testemunhas da esperança.
«O que é este tempo da velhice? – pergunta-se Santo Agostinho a este respeito, e continua – Deus responde-te assim: “Oh, que a tua força desapareça de verdade, para que em ti permaneça a minha força e possas dizer com o Apóstolo: quando sou fraco, então é que sou forte”».
Olhando para os idosos nesta perspectiva jubilar, também nós somos chamados a viver com eles uma libertação, sobretudo da solidão e do abandono. Este ano é o momento propício para realizá-la: a fidelidade de Deus às suas promessas ensina-nos que há uma bem-aventurança na velhice, uma alegria autenticamente evangélica que nos convida a derrubar os muros da indiferença nos quais os idosos estão frequentemente encerrados.
Em todas as partes do mundo, as nossas sociedades estão a habituar-se, com demasiada frequência, a deixar que uma parte tão importante e rica do seu tecido social seja marginalizada e esquecida. Perante esta situação, é necessária uma mudança de atitude, que testemunhe uma assunção de responsabilidade por parte de toda a Igreja.
Cada paróquia, associação ou grupo eclesial é chamado a tornar-se protagonista da “revolução” da gratidão e do cuidado, a realizar-se através de visitas frequentes aos idosos, criando para eles e com eles redes de apoio e oração, tecendo relações que possam dar esperança e dignidade àqueles que se sentem esquecidos.
A esperança cristã impele-nos continuamente a ousar mais, a pensar grande, a não nos contentarmos com o status quo. A trabalharmos por uma mudança que devolva aos idosos a estima e o afeto. Visitar um idoso é um modo de encontrar Jesus, que nos liberta da indiferença e da solidão.
Os nossos idosos não são exigentes conosco — só esperam por nossa presença e um pouco de carinho. E como faz bem escutar suas histórias e preocupações!”

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório

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