
Uma corrente de solidariedade se formou no extremo sul de Santa Catarina em prol do pequeno Jair Neto, de apenas 1 ano e 3 meses. Sua mãe, a torrense Letícia Oliveira, moradora de Sombrio há 17 anos, iniciou uma campanha para arrecadar R$ 300.000,00, valor necessário para custear um tratamento com células-tronco na Tailândia, que representa a esperança de reverter a perda de visão do filho.
PREMATURO EXTREMO
A jornada de Jairzinho, como é carinhosamente chamado, é marcada por uma intensa luta pela vida desde o seu nascimento. Nascido prematuro extremo, com apenas 27 semanas de gestação e 700 gramas, ele passou quase um ano em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Durante esse período, enfrentou inúmeras cirurgias, paradas cardíacas e diversas outras complicações. Atualmente, sua alimentação é feita exclusivamente por meio de uma sonda de gastrostomia.
Em meio a tantas batalhas, Jair foi diagnosticado com retinopatia da prematuridade, uma doença que afeta os vasos sanguíneos da retina de bebês prematuros. Sua mãe, Letícia, esclarece que a condição é uma complicação comum e esperada em bebês de altíssimo risco como Jair, que nascem antes de 28 semanas e necessitam de longos períodos de oxigenoterapia.
Por ser uma condição conhecida, o protocolo médico exige um cuidado redobrado, incluindo consultas oftalmológicas obrigatórias e regulares, no mínimo mensais, para monitorar a visão do bebê. No entanto, a família denuncia que essa etapa fundamental do cuidado foi negligenciada. “O problema foi o diagnóstico tardio. O Jair ficou quase três meses sem ter essa consulta obrigatória na UTI, mas nós só soubemos que era um procedimento padrão depois que o dano já estava feito”, desabafa a mãe.
Lamentavelmente, essa falha no acompanhamento resultou na perda de uma janela de oportunidade crítica para o tratamento. “Se ele fosse diagnosticado com antecedência, pelo menos no grau 1, 2 ou 3, teria tido a chance de fazer a reconstituição da retina, pois ela não teria descolado totalmente. Mas quando finalmente descobriram, ele já estava com as retinas totalmente descoladas”, relata Letícia. A consequência foi a perda total e irreversível da visão, uma realidade que poderia ter sido evitada com o devido acompanhamento.



TRATAMENTO INOVADOR
Considerado pela medicina convencional como um caso de deficiência visual irreversível, a família encontrou uma nova esperança em um tratamento inovador com células-tronco. A terapia, realizada na Tailândia, tem o potencial de regenerar as retinas, oferecendo a Jair a possibilidade de perceber luzes e vultos, e talvez até mais.
A inspiração para buscar essa alternativa veio do caso de Bernardo, outra criança que passou pelo mesmo tratamento e obteve uma evolução significativa. “Ele não tem 100% de garantia, mas como está tendo evolução, passando a ver vultos e tendo perspectiva de luz, é sinal de que algo está sendo reconstituído”, explica Letícia.
O valor de R$ 300.000,00 cobrirá todas as despesas do tratamento, incluindo os custos médicos, passagens aéreas e a estadia da família na Tailândia. Para alcançar essa meta, foi criada uma vaquinha online, onde qualquer pessoa pode contribuir.
COMO AJUDAR
- Vaquinha Online: As doações podem ser feitas através da página oficial da campanha “Nova esperança para Jairzinho” no link: https://www.vakinha.com.br/5689096
- Doação via PIX: Contribuições também podem ser enviadas diretamente para a chave PIX da campanha: [email protected]
Cada doação, por menor que seja, representa um passo a mais na jornada de Jairzinho em busca da visão. A mobilização de todos é fundamental para que ele tenha a chance de enxergar o mundo e conquistar uma melhor qualidade de vida.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

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