Em coletiva de imprensa, a Polícia Civil detalhou o estado da suspeita e os próximos passos da investigação sobre a morte da menina de 2 anos em Balneário Gaivota.

A mãe, suspeita de matar a própria filha de 2 anos a facadas, alega ter tido um “apagão” e não se lembrar do que aconteceu. A informação foi divulgada pelo delegado Jorge Giraldi, responsável pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, em coletiva de imprensa na noite de quinta-feira (11), após a tragédia que chocou a cidade de Balneário Gaivota, no Sul de Santa Catarina.
O crime ocorreu na manhã de quinta-feira, na residência da família no bairro Jardim Ultramar. A menina de 2 anos e 8 meses foi encontrada sem vida, com um profundo corte no pescoço, “quase chegando à decapitação”, segundo palavras do delegado.
Na coletiva, o delegado informou que a mãe, de 42 anos, foi presa em flagrante e encaminhada ao presídio. Segundo ele, a mulher não consegue explicar o que aconteceu. “Ela simplesmente não sabe, em momento algum, explicar o que aconteceu”, afirmou a autoridade policial.
De acordo com o relato do delegado, a mãe se recorda apenas de ter preparado a comida e alimentado a filha. Depois disso, ela teria um “apagão” em sua memória. Uma psicóloga da Delegacia da Mulher conversou com a suspeita por mais de uma hora, mas ela manteve a mesma versão de não se lembrar do ato. “Ela lembra de ter preparado a comida, deu a comida para a vítima, voltou para preparar a comida para uma segunda filha, que é especial e que estava com o pai na varanda, e em seguida, ela gritou, chamou o marido”, detalhou o delegado.
Diante do quadro, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva e sugeriu ao juiz a instauração de um incidente de insanidade mental para avaliar a saúde psicológica da suspeita. O delegado mencionou que, segundo o filho mais velho da mulher, ela foi diagnosticada com depressão há muitos anos, mas nunca procurou tratamento.
A cena do crime foi descrita como “horrível” até mesmo para os policiais acostumados com situações de violência. O pai da criança e o filho mais velho, ao se depararem com a cena, entraram em estado de choque.
A polícia apreendeu a faca utilizada no crime, que estava sobre a pia da cozinha. O celular da suspeita também foi periciado, mas, a princípio, nada que a ligue a seitas ou rituais foi encontrado. As investigações continuam, e o pai da criança será ouvido assim que tiver condições emocionais.


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