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Polícia conclui inquérito sobre tragédia com balão em Praia Grande/SC sem apontar culpados

por Anderson Weiler
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A Polícia Civil encerrou a investigação sobre o acidente com um balão de turismo que deixou oito mortos em Praia Grande, no Sul catarinense, e confirmou que ninguém será responsabilizado. O inquérito, divulgado na madrugada desta quarta-feira (8), aponta que não houve conduta dolosa (com intenção) ou culposa (por negligência ou imprudência) que tenha provocado o incêndio durante o voo.

A tragédia ocorreu em 21 de junho, quando o balão, que levava 21 pessoas, pegou fogo ainda no ar. Conhecida como a “Capadócia brasileira”, Praia Grande é um dos principais destinos do país para a prática do balonismo, atividade que movimenta o turismo local.

De acordo com a investigação, 13 pessoas conseguiram escapar ou caíram do balão antes da queda total. Outras oito vítimas morreram, sendo quatro carbonizadas dentro do cesto e quatro em razão da queda de cerca de 45 metros.

Durante os quase quatro meses de apuração, a Polícia Civil ouviu mais de 20 pessoas, incluindo sobreviventes, testemunhas, o piloto do balão e representantes da empresa responsável pelo passeio, que suspendeu as atividades após o acidente. Também foram analisados laudos periciais e vídeos que mostraram o momento do fogo em pleno voo.

O relatório final indicou que o extintor de incêndio a bordo não funcionou, o que impediu o controle das chamas. Mesmo assim, os peritos não encontraram elementos que configurassem crime. “Diante das conclusões periciais e da ausência de conduta humana dolosa ou culposa, o inquérito foi encerrado sem indiciamentos”, informou a Polícia Civil em nota.

Logo após o acidente, todas as operações de balonismo em Praia Grande foram suspensas, afetando dezenas de empresas locais. As atividades só foram retomadas no dia 2 de julho, depois de uma série de vistorias e reforço das normas de segurança.

A tragédia comoveu o país e levantou discussões sobre a regulamentação da atividade turística. Apesar do encerramento do inquérito, o episódio segue como o pior acidente da história do balonismo brasileiro.

Fotos: Igor LIns/Rádio Maristela

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