A tranquilidade dos moradores que vivem nas proximidades da Casa de Passagem de Torres voltou a ser abalada. Em apenas uma semana, três ocorrências envolvendo usuários do serviço foram registradas pela Brigada Militar, além de outras chamadas informais feitas por vizinhos preocupados com a segurança no entorno.

A primeira situação ocorreu no último dia 20 de outubro, quando uma idosa relatou ter sido agredida verbalmente por três pessoas, dois homens e uma mulher, em frente à sua casa. Segundo ela, os envolvidos seriam usuários da Casa de Passagem. A vítima contou que estava carpindo o pátio quando foi ofendida e ameaçada de agressão física, sendo socorrida por um vizinho que presenciou a cena.
De acordo com moradores, um funcionário da Casa tentou localizar os suspeitos, mas não os encontrou no local. A Brigada Militar foi acionada e registrou a ocorrência. Durante o atendimento, os agressores retornaram à Casa de Passagem acompanhados de outras pessoas.
Em nota enviada à Rádio Maristela, a administração da instituição informou que o “desentendimento ocorreu fora da unidade, quando três acolhidos se deslocavam para o mercado”. A equipe afirmou ainda que acompanha as situações e busca manter o diálogo com a vizinhança, mas reconheceu que o clima no entorno “tem sido tenso”, inclusive com relatos de hostilidade contra funcionários. Segundo o comunicado, já está em andamento um processo para mudança da Casa para outro endereço, conforme deliberação da prefeitura.
Dois dias depois, na noite do dia 22, a Brigada Militar voltou a ser chamada. Um homem acolhido na Casa de Passagem foi preso após agredir uma monitora. Imagens feitas por moradores mostram o momento em que ele é levado algemado, o que gerou forte repercussão nas redes sociais e aumentou o sentimento de insegurança entre os vizinhos.
A Casa de Passagem informou que “situações que ocorrem dentro da unidade são gerenciadas conforme o regimento interno, e emergências são tratadas em conjunto com os órgãos competentes”. A Prefeitura de Torres confirmou que o homem, de origem angolana, teria sofrido um surto, foi detido, mas posteriormente liberado.

A sequência de ocorrências não parou por aí. No dia 27 de outubro, última segunda-feira (27), a Brigada Militar foi novamente acionada após uma discussão entre uma acolhida e uma monitora, dentro da unidade. Pouco antes, os policiais já haviam sido chamados devido a um tumulto em frente à Casa, provocado por usuários que chegaram embriagados e tiveram a entrada negada.
Em novo posicionamento, a instituição explicou que “alguns acolhidos chegaram em visível estado de embriaguez e, conforme o regimento interno, não foi permitida a entrada nessas condições”. A negativa resultou em confusão, sendo necessário apoio da Brigada Militar.
A administração destacou que “a equipe segue manejando tecnicamente cada caso e articulando com a rede de saúde e assistência, avaliando eventuais medidas previstas no regimento interno”.
Moradores da região, que fica entre a Praia da Cal e o Bairro São Francisco, relatam que os episódios vêm se tornando cada vez mais frequentes e reforçam a sensação de insegurança no entorno da Casa de Passagem. Enquanto isso, o poder público e a administração da entidade afirmam estar trabalhando para garantir tanto o acolhimento de quem precisa quanto a tranquilidade da vizinhança.
Foto: Reprodução populares
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Disque denúncia da Polícia Civil de Torres pelo WhatsApp (51) 9 8682-7877. Para a Brigada Militar, ligue 190.
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