A discussão sobre o futuro da casa de passagem de Torres segue movimentando autoridades e moradores. Depois do encontro previsto para a última quarta-feira (29) entre Prefeitura, Ministério Público e Defensoria Pública, a situação ganhou novos desdobramentos. A reunião aconteceu na Promotoria, mas o representante da Defensoria não pôde participar por um imprevisto. Ainda assim, o encontro foi mantido, já que havia sido solicitado pelo Executivo.
Segundo a promotora Dinamarcia Maciel de Oliveira, o Ministério Público reforçou pontos jurídicos ligados ao serviço e sugeriu caminhos para conciliar o atendimento à população em situação de rua com as demandas da comunidade. Entre as possibilidades colocadas na mesa, está a mudança da casa para outro local, longe de escolas, hotéis, bares e restaurantes, uma cobrança frequente de moradores, principalmente desde que a unidade foi transferida para a Praia da Cal.
Outra alternativa discutida foi a suspensão do funcionamento da casa durante o veraneio, respeitando a liminar que previa atendimento obrigatório apenas entre maio e agosto. Nesse cenário, outras formas de acolhimento, como aluguel social para quem já está inserido no mercado de trabalho, seguiriam em avaliação como medida de apoio.
De acordo com o Ministério Público, a reunião teve caráter técnico, sem imposição de decisões, já que o caso segue tramitando na Justiça. O prefeito, o procurador do município e a secretária de Assistência Social participaram do encontro e se comprometeram a enviar, em até dez dias, documentos com propostas e informações sobre os programas que estão sendo estudados.
A situação permanece sem definição, e a administração municipal segue avaliando qual caminho adotar. Enquanto isso, o tema segue no radar da comunidade, que aguarda uma solução que garanta acolhimento a quem precisa e, ao mesmo tempo, tranquilidade ao entorno.
Foto: Igor Lins
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