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Torres amanhece com ruas vazias na estreia da cobrança do estacionamento rotativo

por Anderson Weiler
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A segunda-feira (17) marcou o início oficial da cobrança do estacionamento rotativo em Torres, e as primeiras horas do sistema trouxeram um cenário inusitado: ruas da área azul praticamente vazias e vias paralelas, onde não há cobrança, completamente lotadas. A Unidade Móvel da Rádio Maristela percorreu as principais ruas logo após o início da fiscalização, às 9h, e constatou o comportamento dos motoristas diante da novidade.

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Rua Manuel Fortunato de Souza, onde não há cobrança de estacionamento, ficou lotada na manhã desta segunda-feira (17)

Na Avenida Barão do Rio Branco, tradicionalmente congestionada pela dificuldade de encontrar vaga, sobrou espaço. Em frente às lojas, o que se via eram vagas disponíveis, reflexo direto da implantação do sistema que, segundo lojistas, era uma demanda antiga para melhorar o fluxo de clientes no centro.

Por outro lado, ao circular pelas ruas próximas, fora da zona tarifada, a equipe registrou o efeito inverso: todas as vagas ocupadas e motoristas rodando diversas vezes até encontrar um espaço. Nessas áreas, o movimento era intenso e mostrava que muitos condutores preferiram evitar o pagamento logo no primeiro dia de cobrança.

A reportagem também flagrou dúvidas dos motoristas e a necessidade de apoio da equipe da empresa responsável pelo rotativo. Mesmo após um mês de período educativo, muitas pessoas ainda não sabiam que a cobrança começaria nesta segunda, enquanto outras estavam baixando o aplicativo apenas agora, com a orientação dos monitores.

A moradora de Torres e gerente de um clube no centro da cidade, Deise Gomes, avaliou a estreia do sistema com cautela.

Acho que toda mudança é válida, porém tem que ser pensada com mais coerência. Todos sabemos que precisa muito de um rotativo, mas colocaram em muitas ruas. Poderiam ir incluindo aos poucos… Ainda assim, o mais prejudicado é o trabalhador”, desabafou

A Rádio Maristela seguirá acompanhando esses primeiros dias de adaptação ao novo modelo, que promete reorganizar o trânsito, ampliar a rotatividade de vagas e facilitar o acesso ao comércio — mas que, nas primeiras horas, já provoca impactos e divide opiniões entre moradores e trabalhadores do centro.

Fotos: Igor Lins