Nesta terça-feira (25), Dia Internacional de Não Violência contra as Mulheres, um caso chamou a atenção no Litoral Norte: o delegado Antônio Carlos Silvano Ractz Júnior foi indiciado por assédio sexual contra uma policial civil que trabalhava na região. Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, o episódio teria ocorrido em julho de 2024 dentro da Delegacia de Cidreira, onde ele era o titular.
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A policial relatou que o delegado tentou beijá-la à força dentro do gabinete. Após sair chorando, ela enviou mensagens ao superior relatando constrangimento. As respostas dele, como “fica tranquila” e “não te preocupa”, foram consideradas pela investigação como indícios de que “algo de fato ocorreu”. No mesmo dia, ela gravou um trecho de diálogo dentro da viatura, no qual o delegado teria dito frases como “tu é uma mulher apaixonante” e iniciado outra tentativa de beijo. O conteúdo foi anexado ao inquérito.
A investigação analisou mensagens, depoimentos de 19 pessoas e o áudio gravado, concluindo que há prova de materialidade e indícios suficientes do crime de assédio sexual. Ractz nega todas as acusações, afirma que a relação era apenas profissional e diz que está sendo perseguido. A defesa não comenta detalhes.
O Ministério Público ofereceu proposta de transação penal: pagamento de R$ 5 mil à vítima ou prestação de serviços comunitários, já que o delegado é primário. Uma audiência preliminar ainda será marcada para que ele aceite ou não a proposta.
Ractz já atuou nas delegacias de Imbé, Palmares do Sul, Balneário Pinhal e Cidreira, e hoje está lotado no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A chefia de Polícia afirma que o caso foi apurado rapidamente e agora está nas mãos da Justiça.
Foto: Freepik

