O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um local comunitário, aberto ao público, que foca nos cuidados da saúde mental. Em Torres, há uma unidade que trabalha de maneira multidisciplinar oferecendo atendimento humanizado e encaminhamentos para outros profissionais, quando necessário.
Para falar sobre o trabalho do CAPS Torres, conversamos com a enfermeira e responsável técnica pelo CAPS, Sandra Baldasso, e também a médica psiquiatra que atende no local, Luciana de Borba.
A médica comenta que é muito importante que os torrenses saibam que podem e devem buscar ajuda ao sentirem qualquer tipo de depressão ou ansiedade. Esse primeiro atendimento pode ser feito direto no Posto de Saúde. Os médicos e enfermeiros estão aptos a avaliar a situação e assim encaminhar ao CAPS. “O pronto atendimento também atende situações de emergência psiquiatra como um episódio de psicose ou crise de ansiedade, todo paciente do SUS pode ter essa ajuda”, fala Luciana.
A psiquiatra também traz o ponto de atenção para quando buscar esse atendimento. “Não existe uma regra ou sintoma padrão para quem está sentindo depressão e precisa de ajuda, mas notar que você ou alguém próximo está se isolando ou consumindo de forma desenfreada algum tóxico como álcool ou drogas, é um indicativo de que algo não está bem”.

Sandra complementa falando que “tem que pensar que a mente adoece assim como qualquer outro órgão do corpo”. Por isso, quando a pessoa pede por atenção indo até o CAPS ou o postinho, o primeiro atendimento é o acolhimento. A pessoa recebe escuta e qualquer sinal de sofrimento mental merece atenção.
A enfermeira explica, também, que a população precisa entender que atendimento psicossocial não é só medicação, mas sim realizar tratamentos terapêuticos que podem envolver artesanato, horta, todas essas são formas de se expressar e curar. “A mostra que está lá na Casa do Surf, das obras pintadas por alguns pacientes, é um exemplo disso. É através desse tipo de interatividade que eles podem se envolver em algo em que possam colocar seus sentimentos pra fora.”, comenta Sandra.
Atualmente, o CAPS Torres atende em torno de 900 pacientes. As profissionais falam que a procura tem sido bem grande, principalmente após a pandemia. “O número de acolhimentos por dia é bem expressivo e isso mostra que a atenção à saúde mental está mais presente no dia a dia das pessoas”, finaliza a psiquiatra.
>> Receba as notícias da Maristela sobre o Litoral Norte gaúcho e o Sul catarinense no seu WhatsApp! Clique aqui e fique bem informado.






