GERAL

A Prefeitura de Dom Pedro de Alcântara realizará no dia 4 de agosto de 2025, a partir das 14h, o Leilão Público nº 01/2025, com a finalidade de vender bens móveis inservíveis ao patrimônio municipal. O certame será realizado nas modalidades presencial e on-line, permitindo a participação de interessados de todo o país.

No total, serão disponibilizados 13 lotes, incluindo veículos, máquinas pesadas, implementos agrícolas e sucatas.

Os lances presenciais ocorrerão na Secretaria Municipal de Obras e Viação, localizada na Rua Júlio Webber, nº 39, no Centro do município. Já os lances eletrônicos deverão ser feitos por meio do site da leiloeira Leffa Leilões (www.leffaleiloes.com.br), onde os bens estarão disponíveis para visita virtual e lances antecipados a partir do dia 10 de julho.

A visitação presencial dos itens poderá ser feita entre os dias 24 de julho e 4 de agosto, durante o horário de expediente da Prefeitura. Os bens serão vendidos no estado em que se encontram, sendo responsabilidade dos interessados realizarem a vistoria prévia.

A condução do leilão será feita pela leiloeira pública oficial Catiele Borges Leffa. Para participar, é necessário realizar o cadastro prévio no site da leiloeira e seguir os procedimentos indicados no edital.

Acesse o edital, aqui:

Fonte: Ascom PMDPA

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Radialista carismático, voz marcante das manhãs no Litoral Norte gaúcho e eterno apaixonado pelo rádio, Pedro Elias deixa um legado de simplicidade, talento e amor pela comunicação popular.

Faleceu no início da noite de sábado, 5/7, em Torres, Pedro Elias da Rosa, aos 90 anos, comunicador, radialista e figura emblemática da Rádio Maristela 106.1FM, onde trabalhou por mais de duas décadas. Sua partida encerra um ciclo de vida e de dedicação ao rádio, à música e à alegria de informar.

Natural de Sombrio/SC, nascido em 1935, Pedro Elias se radicou em Torres, onde construiu sua vida ao lado da esposa, Horgina Cândida da Rosa. O casal teve quatro filhos, três meninas e um menino, sendo este o Pe. Carlos Alberto da Rosa (Pe. Betinho), presbítero da Diocese de Osório e atualmente vigário paroquial na Paróquia São José, em Três Cachoeiras. Pedro Elias também deixa uma neta, Paula Zorteia, e dois bisnetos, Caio Augusto e Lara.

O COMUNICADOR

Pedro Elias ingressou na Rádio Maristela em 1978 e marcou gerações com seu estilo espontâneo, alegre e inconfundível, permanecendo na emissora até 2000, quando se aposentou. Ficou conhecido por sua participação como correspondente da Rádio Gaúcha, com boletins irreverentes de previsão do tempo, que encerrava com seu jargão inesquecível. “Previsões para as próximas horas? Só Deus sabe!”

Durante as comemorações dos 60 anos da Rádio Maristela, no ano de 2018, Pedro Elias relembrou com emoção o início de sua trajetória. “Em 82, eu fui assinar a minha carteira. O falecido Pedro Nilo Portolanca assinou a minha carteira. E aí eu comecei a fazer o programa que eu tinha. Agradeço à Rádio Maristela, porque ela me deu muito… Muita vida. Pra mim… Trabalhar.”

Com orgulho, destacou seu papel na projeção da emissora. “Me orgulho de ter elevado o nome da Rádio Maristela aos cantos do mundo, através da Rádio Gaúcha.” E, como nos velhos tempos, encerrou sua fala com o estilo inconfundível que o tornou querido por tantos: “Aqui em Torres, na mais bela praia gaúcha, o tempo está excelentemente lindo. O sol brilha intensamente no céu azul. Uma leve brisa do quadrante sul. A temperatura deve estar nos vinte graus. A umidade gerativa do ar, não sei, deve ser sessenta por cento. Previsões para as próximas horas? Só Deus sabe. Porque eu não sei. Da Rádio Maristela de Torres, para os ouvintes da Rádio Gaúcha, te informou Pedro Elias.”

Mais do que comunicador, Pedro foi também cantor de músicas mexicanas, fotógrafo e esportista. Foi goleiro do Grêmio Esportivo Torrense, lembrado com carinho por amigos que recordam a camisa amarela que usava nos gramados. Além do rádio, Pedro Elias teve forte presença na vida cultural e comercial de Torres. Foi projecionista do Cine Ronda, onde encantava o público com os filmes exibidos. Trabalhou por anos no Bazar Praiano, sendo o responsável pelas revistas, paixão que o levou a se tornar o maior colecionador local das histórias em quadrinhos Tex.

DEPOIMENTOS

Nataniel Silva, locutor que conviveu com ele na Rádio Maristela, relembra:
“Pedro Elias era muito mais que um colega de trabalho, era um amigo de verdade. Trabalhei com ele no ‘Alegria na Madrugada’, e o Pedro tinha uma paixão intensa pela música e pelo rádio. Uma figura carismática, que encantava com a voz e com a alma.”

O atual diretor da Rádio Maristela, Pe. Leonir Alves, afirmou:
“Pedro Elias foi um grande comunicador e uma grande pessoa. Ficou famoso pelo seu jeito extrovertido de falar do tempo, levando o nome da Rádio Maristela para muitos lugares. Marcou época e a história da Maristela.”

O ouvinte Vandick Azeredo da Silva também prestou sua homenagem:
“Pedro Elias era um homem do bem, dono de um carisma ímpar e de uma humildade das maiores que já vi num locutor. Um grande caráter.”

Devoto de São Domingos de Gusmão, Pedro frequentava com fé a igrejinha do morro, onde assistia às missas das 7h30 nos domingos. Recentemente, já debilitado, continuava sendo lembrado com carinho por amigos e antigos colegas de trabalho.

Pedro Elias da Rosa nos deixa a saudade, mas também um legado de autenticidade, generosidade e amor pelo rádio. Sua memória permanecerá viva nas ondas da Maristela, nas manhãs ensolaradas de Torres e no coração dos que com ele conviveram.

DESPEDIDAS E HOMENAGENS

O velório de Pedro Elias ocorre desde as 8h deste domingo, 6 de julho, na Capela 2 da Funerária Serpax, localizada na Rua Bento Gonçalves, no Centro de Torres. A cerimônia de encomendação será realizada às 14h, seguida do sepultamento no Cemitério do Campo Bonito.

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Promotora destaca casos recorrentes de maus-tratos, abandono e exploração financeira. Saiba como denunciar.

O mês de junho foi dedicado à conscientização sobre a violência contra idosos, reforçando a reflexão sobre o envelhecimento e a proteção dos direitos da pessoa idosa. A 2ª Promotoria de Justiça de Torres destaca a complexidade e a gravidade dos casos de violência contra idosos na comarca, que abrange também Arroio do Sal e Três Cachoeiras.

Em entrevista à Rádio Maristela, na segunda-feira (30), a promotora Dra. Dinamarcia Maciel de Oliveira explicou que o Ministério Público realiza um trabalho contínuo para zelar pela dignidade dos idosos, seja por meio da fiscalização das instituições de longa permanência (ILPIs) ou do atendimento às denúncias envolvendo abusos familiares.

“É fundamental termos sempre em mente que todos nós queremos envelhecer com zelo, cuidado e atenção. Esse é o compromisso da promotoria”, ressaltou Dra. Dinamarcia.

Fiscalização ILPIs

Atualmente, a comarca possui 19 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) oficialmente registradas, 16 em Torres, duas em Arroio do Sal e uma em Três Cachoeiras. A promotoria realiza pelo menos duas visitas anuais a cada estabelecimento para assegurar o cumprimento das normas de cuidado, saúde e segurança.

“Essas visitas são feitas independentemente da existência de denúncias. Nosso trabalho é fiscalizar desde a qualidade da alimentação até as condições de higiene e conforto, como o tamponamento das lixeiras para evitar acidentes com idosos que têm Alzheimer ou outras condições,” detalhou a promotora.

Quando são encontradas irregularidades, a promotoria notifica os responsáveis para que façam as correções em prazo curto. Em casos graves, como ocorreu no ano passado, é preciso recorrer à Justiça para a interdição total ou parcial da instituição e a realocação dos idosos.

Exploração financeira e abandono familiar

Apesar da atenção às instituições, o maior volume de casos atendidos pela promotoria diz respeito à violência no ambiente familiar. A promotora destacou que muitos idosos sofrem exploração financeira, com familiares que se aproveitam da vulnerabilidade emocional e econômica para obter empréstimos consignados e utilizar os recursos do benefício previdenciário sem consentimento.

“Muitas vezes, um parente jovem com capacidade produtiva ‘se encosta’ no idoso, que tem um salário mínimo, e o induz a contrair dívidas que ele mal consegue pagar. Depois, o idoso é abandonado ou até maltratado, e o dinheiro é usado para outros fins, como bebida,” contou a promotora.

A negligência é outro problema frequente. Idosos acamados que ficam isolados, sem cuidados básicos, e que dependem da solidariedade de vizinhos para sobreviver. Também é comum famílias numerosas em que apenas um filho assume o cuidado, enquanto os demais se omitiram, mesmo tendo condições para ajudar.

“Notificamos esses filhos para que se manifestem, assumam os cuidados ou contribuam financeiramente, o que é previsto em lei por meio da pensão alimentícia para idosos que necessitam,” explicou a promotora. Ela revela que não há semana sem que a promotoria trabalhe em algum caso relacionado a esse tipo de situação.

Atuação integrada

O Ministério Público atua em parceria com a assistência social e a saúde municipal para dar resposta rápida a casos de risco. “Recebemos denúncias, às vezes anônimas, que acionam nossos oficiais para ir ao local verificar a situação, fazer levantamentos e, quando necessário, solicitar acolhimento institucional do idoso,” afirmou.

Um caso chocante relatado pela promotora envolveu um idoso acamado, abandonado em uma casa insalubre no interior, com feridas infestadas por vermes. “Nosso oficial só saiu do local quando o idoso foi retirado pela ambulância do município para receber atendimento. Ele sobreviveu, mas a situação era absolutamente indignante,” lembrou a promotora.

Como denunciar maus-tratos a idosos

A promotora reforça que denúncias são fundamentais para o combate à violência contra idosos e podem ser feitas de várias formas:

– Ministério Público de Torres: presencialmente, por telefone (51) 3295-2885, ou pelo e-mail: [email protected], com garantia de sigilo;

– Delegacia de Polícia Civil: inclusive pelo sistema de denúncia online pelo WhatsApp (51) 9 8682-7877;

– Brigada Militar: Ligando para o disque 190, com garantia de sigilo;

– Disque 181: para denúncias anônimas;

– Disque 100: canal nacional de denúncia de violação de direitos humanos.

“É possível preservar o anonimato, e nosso trabalho inclui a mobilização imediata dos órgãos de saúde e assistência social para proteger o idoso,” destacou a promotora.

O desafio da proteção à pessoa idosa

A promotora dra. Dinamarcia ressalta que, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho para garantir um envelhecimento digno na região. “Torres atrai muitos aposentados, alguns com poucos recursos e outros com melhores condições financeiras, mas o abandono afetivo e a exploração econômica não escolhem classe social,” destacou.

Ela finalizou com um convite à sociedade para que não feche os olhos às situações de violência e negligência: “Todos podemos ser a voz daqueles que não conseguem se defender. Envelhecer com dignidade é um direito de todos nós.”

Confira a íntegra da entrevista:

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O acidente com um balão em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, no último sábado (21), que resultou na morte de oito pessoas, reacendeu uma discussão recorrente. Como são formados os pilotos de balão no Brasil e quais normas regulamentam esse tipo de voo?

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou em nota, na terça-feira (24), que o piloto responsável, Elves de Bem Crescêncio, não possuía a Licença de Piloto de Balão Livre (PBL), exigida para operações de transporte aéreo regular de passageiros. O piloto, conforme nota de seu advogado, possui uma licença RBAC 103 para voo aerodesportista. Além disso, o balão envolvido no acidente não era uma aeronave certificada.

Diante do cenário, surge a pergunta. Como alguém se torna piloto de balão no Brasil? E por que ainda há operações comerciais sem a devida regulamentação?

Conversamos com o piloto licenciado PBL, Giovani Pompermaier, que tem 20 anos de experiência e é o atual vice-campeão brasileiro de balonismo. Ele explicou as duas principais formas de se tornar piloto no país:

1. Piloto com Licença de Balão Livre (PBL)

Essa é a formação regulamentada pela Anac. Para obtê-la, é necessário realizar pelo menos 16 horas de aulas teóricas e práticas em uma instituição autorizada. Atualmente, o único centro credenciado pela Anac para formação de pilotos de balão no Brasil é o Centro de Instrução de Aviação Civil (CIAC), em São Paulo.

Após o treinamento, o candidato passa por prova teórica e checagem de voo. Aprovado, recebe a licença PBL, que permite voos privados e, em algumas situações, atuar como instrutor. Esses pilotos operam balões com prefixo PP (privado), os quais têm certificado de aeronavegabilidade experimental, inspeções regulares e seguro obrigatório.

2. Piloto Aerodesportista – Formação simplificada via associações

Para se tornar um piloto aerodesportista, o processo é muito mais simples: basta se cadastrar, via site, em uma das três associações credenciadas pela Anac (CBB, CAB ou ADB), realizar uma prova online e pagar uma taxa. Tudo é feito de forma remota, sem aulas práticas obrigatórias.

Esses pilotos só podem realizar atividades desportivas, conforme o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) 103. As aeronaves utilizadas são os balões com prefixo BR, que não possuem certificação de aeronavegabilidade, não passam por inspeções obrigatórias e não têm seguro. Além disso, um balão prefixo BR não está autorizado a sobrevoar áreas populacionais.

Conforme a RBAC 103, sobre regras de operação, item (e), afirma que: “Uma pessoa somente pode embarcar outra pessoa em veículo ultraleve ou em balão livre tripulado sob este regulamento se essa pessoa estiver ciente de que se trata de atividade desportiva de alto risco, que ocorre por conta e risco dos envolvidos, onde operador e aeronaves não dispõem de qualquer qualificação técnica emitida pela ANAC, não havendo, portanto, qualquer garantia de segurança.”

“Hoje, um piloto pode conseguir autorização para voar um balão sem nem mesmo ter colocado os pés em uma aeronave antes. Isso é um absurdo. O processo precisa ser mais rígido, principalmente se envolve vidas humanas”, alerta Giovani Pompermaier.

A falta de regulamentação

Segundo a Anac, não existem balões homologados para transporte comercial de passageiros no Brasil. As operações como as realizadas na região são enquadradas como atividades aerodesportivas, mas na prática funcionam como voos turísticos pagos, o que é proibido por lei.

Esse descompasso entre o que diz a legislação e o que ocorre na prática escancara falhas graves na fiscalização. A Anac não supervisiona diretamente os pilotos com formação RBAC 103. Essa responsabilidade recai sobre a Polícia Civil, que frequentemente não possui preparo técnico para avaliar a segurança de um voo.

A maioria dos balões utilizados em operações comerciais no Brasil são do tipo BR, produzidos por fábricas nacionais que seguem padrões técnicos e contam com projetos desenvolvidos por engenheiros especializados. Embora ainda não possuam homologação oficial, esses equipamentos passam por processos de fabricação criteriosos e são reconhecidos por sua qualidade, comparável à de balões fabricados no exterior. No entanto, a formação de pilotos pelo RBAC 103 ainda é considerada simplificada em relação à dos licenciados com PBL.

O que precisa mudar?

É urgente regulamentar os voos comerciais e fortalecer a fiscalização, com atuação conjunta da Anac e das autoridades policiais. Também estabelecer regras claras para a operação comercial de balões no Brasil.

Enquanto medidas efetivas não forem implementadas, tragédias como a de Praia Grande correm o risco de se repetir em qualquer lugar do país. O balonismo no Brasil precisa ser encarado com responsabilidade e seriedade, antes que novas vidas sejam ceifadas por falhas que poderiam ser evitadas.

Regiões com grande potencial turístico, como as cidades do Litoral Norte gaúcho e do Sul catarinense, correm o risco de perder espaço nesse mercado promissor devido à negligência, ao descumprimento da legislação vigente e ao uso da ausência de regulamentação e fiscalização como brecha para práticas irregulares.

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A Câmara Municipal de Torres sediou, na última terça-feira (25), uma audiência pública que reuniu representantes do Poder Público, entidades sociais, forças de segurança e membros da comunidade para discutir os impactos do crescimento da população em situação de rua no município. Com o tema “Os desafios da segurança pública frente ao acelerado crescimento da população em situação de rua em Torres”, o encontro foi marcado por propostas de ações práticas e relatos sobre a realidade enfrentada tanto por quem vive nas ruas quanto por quem atua na rede de apoio.

O coordenador do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Fagner Lentz, destacou o trabalho contínuo realizado para oferecer suporte a essa população, com serviços como café da manhã, banho, produção de documentos, atendimentos de saúde e auxílio para retorno à cidade de origem. “Já conseguimos retirar 15 pessoas das ruas e acompanhamos mais de 60. A redução no número de moradores em situação de rua mostra que estamos no caminho certo, e cada esforço tem um impacto real na vida dessas pessoas”, afirmou.

Ao final audiência, o vereador Rafael Silveira, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, apresentou uma série de encaminhamentos. Entre eles, a criação de um grupo de trabalho com representantes da sociedade civil, Executivo, Legislativo e forças de segurança; o envio de propostas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; a sugestão de legislações para coibir o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos e a venda de produtos em semáforos; além de medidas para reforçar a vigilância nas entradas da cidade. Também ficou definida a realização de reuniões trimestrais para acompanhar os desdobramentos das ações propostas. Diversas entidades e lideranças comunitárias também contribuíram com falas, refletindo a complexidade do tema e a necessidade de união de esforços para enfrentar o problema com responsabilidade e empatia.

Fotos: Anderson Weiler/Rádio Maristela

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A união entre cidades vizinhas ganhou destaque em uma sessão solene repleta de reconhecimento em Morrinhos do Sul. O prefeito de Dom Pedro de Alcântara, Alexandre Model Evaldt, recebeu o título de Cidadão Honorário como forma de agradecimento pelo apoio prestado ao município em diferentes momentos. A homenagem foi aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores e simboliza o fortalecimento da cooperação regional, sobretudo em tempos de dificuldade.

Entre as ações lembradas durante a cerimônia estão o empréstimo de maquinários, como patrola e caçamba, além da cessão de uma ambulância em situação emergencial. Parlamentares destacaram que, mesmo enfrentando desafios em sua própria cidade, o gestor não hesitou em estender a mão a Morrinhos do Sul, colocando o bem-estar coletivo acima de interesses locais. O gesto, segundo os vereadores, evidenciou uma liderança movida pela empatia e pelo compromisso com o serviço público.

Para além da ajuda prática, a postura do homenageado também foi enaltecida pela sua natureza apartidária e humana. A vereadora Verinha afirmou que Alexandre Evaldt “não olha sigla partidária, olha o bem-estar da população”, enquanto a vereadora Cristiani Vargas considerou a honraria simbólica diante da generosidade demonstrada. Já o vereador Osni Hendler resumiu o sentimento da noite ao dizer: “Nunca se viu uma gestão como a tua”.

Fotos: Ascom PMDPA

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Encontro será realizado na terça-feira (25), às 15h, e é aberto à participação da comunidade.

A Câmara de Vereadores de Torres realiza na próxima terça-feira (25), às 15h, uma audiência pública para debater “Os desafios da segurança pública frente ao acelerado crescimento da população em situação de rua em Torres”. A comunidade está convidada a participar, presencialmente, no plenário da Câmara, podendo também se manifestar oralmente durante o encontro.

Organizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, presidida pelo vereador Rafael da Silveira Elias, a audiência pública busca reunir representantes do Poder Legislativo, Executivo, Judiciário e da sociedade civil para ouvir opiniões, propor encaminhamentos e buscar soluções efetivas para dois temas interligados que vêm ganhando destaque no município: o aumento da população em situação de rua e os impactos disso na segurança pública.

“É o momento da população ter voz e vez. Muitos falam pelas redes, mas agora poderão se manifestar diretamente, apontando problemas e possíveis caminhos para resolver a situação”, afirmou o vereador Rafael.

O presidente da Câmara, vereador Igor Bereta, também reforçou o convite. “É um tema sensível, que envolve questões sociais, de saúde, segurança e dignidade humana. Precisamos tratar o problema, não o empurrar. Essa audiência é uma oportunidade para ouvirmos todos os lados e encaminharmos soluções”, disse.

Participação aberta

Qualquer cidadão pode acompanhar e participar da audiência. Interessados em se manifestar durante a reunião podem se inscrever com 15 minutos de antecedência no local ou previamente pelo e-mail do gabinete do vereador Rafael: [email protected]. Cada inscrito terá tempo determinado para falar, de acordo com o número de participantes, estimado em cerca de três minutos por pessoa.

População em situação de rua

Dados da Prefeitura de Torres indicam que apenas três dos 44 moradores em situação de rua identificados nas últimas ações são originários do município. Muitos chegam enviados por outras cidades, o que agrava o desafio local. Os vereadores alertam que Torres, por ser cidade turística e acolhedora, recebe constantemente novos moradores de rua, o que exige planejamento e políticas públicas permanentes.

“A promotora de Justiça foi muito clara: essas pessoas escolheram estar em Torres. Temos o dever de acolher, entender suas realidades e buscar meios de ressocializá-las”, destacou Rafael.

A audiência também pretende diferenciar perfis dentro da população em situação de rua, entre pessoas em vulnerabilidade, usuários de substâncias, artistas de rua e até indivíduos foragidos, para que as ações sejam eficazes e justas.

Segurança pública e videomonitoramento

Além da situação de rua, o encontro abordará políticas de segurança, com destaque para a implantação de videomonitoramento e cercamento eletrônico. Os vereadores mencionaram experiências exitosas em outras cidades, como Caxias do Sul e Imbé, e destacaram o avanço das discussões com o Executivo municipal para a instalação de câmeras que ajudem no combate à criminalidade.

“Quem tem intenção de cometer um crime evita lugares com câmeras. Essa é uma ferramenta efetiva e preventiva”, ressaltou Igor.

Encaminhamentos práticos

Ao final da audiência, a Comissão de Constituição e Justiça reunirá os principais apontamentos e encaminhará sugestões à Prefeitura, ao Ministério Público e, se necessário, à elaboração de projetos de lei. “Nosso papel como Câmara é ouvir e propor. Não vamos resolver tudo, mas podemos minimizar o impacto e cobrar ações efetivas”, destacou Rafael.

Confira a íntegra da entrevista:

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