Balde, pazinha, toalha e chinelo são itens fundamentais para a diversão e o conforto das crianças na beira da praia. Já quando o assunto é saúde, os pais não podem abrir mão de filtro solar, camisetas, chapéus, guarda-sol e óculos escuros. São eles que vão garantir a proteção contra os raios ultravioleta e evitar as queimaduras na pele.
Além de todo o aparato listado acima, há algo ainda mais importante que deve ficar na mira do pais: o bom exemplo.
– Criança imita adulto. Se o pai usa filtro, a criança usa – observa Vânia Oliveira de Carvalho, presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Antes de afundar os pés na areia com a família, leia as dicas de especialistas para garantir um veraneio sem incidentes com o sol.
Filtro solar
Item mais importante na bolsa de praia dos pequenos, o protetor solar deve respeitar a faixa etária. Recomenda-se que crianças com menos de seis meses só se exponham ao sol nos horários mais amenos e não usem produto algum. Isso porque os filtros químicos, aqueles que reagem aos raios ultravioleta, podem ser absorvidos pela pele.
– Não há testes de sensibilidade para bebês. A indicação é não aplicar – diz Vânia.
Dos seis meses aos dois anos, a médica recomenda o uso dos filtros físicos – aqueles que agem como uma barreira apenas refletindo os raios. Geralmente, eles têm a indicação “baby” no rótulo. Entre dois e 12 anos, pode-se aplicar os filtros infantis, normalmente uma mistura do físico e do químico. Lembre-se de que o produto deve ser reaplicado a cada duas horas e ter fator de proteção 30, no mínimo. Crianças com pele e olhos claros podem utilizar fatores mais altos.
Roupas, chapéus e guarda-sol
Ficar à sombra é sempre a melhor opção, no entanto, quando se trata de crianças nem sempre essa é uma tarefa fácil. Além do filtro solar, há outros produtos disponíveis no mercado que ajudam a evitar danos solares: roupas, bonés e chapéus com fator de proteção.
– Qualquer roupa confere proteção solar, mas essa linha nova tem uma trançadura mais espessa – explica Joaquim Mesquita Filho, dermatologista e coordenador da campanha Dezembro Laranja da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Vânia lembra que, mesmo de roupa, deve-se aplicar filtro nas partes expostas ao sol.
Óculos escuros
Não é exagero, tampouco futilidade. O uso dos óculos escuros por crianças é mais uma proteção para evitar danos futuros. Vânia destaca que, com o passar dos anos, a exposição solar sem proteção provoca danos na retina, culminando até mesmo em catarata.
– Mas é importante que seja um produto com proteção – recomenda, dizendo que os óculos certificados trazem um adesivo que indicam o fator de proteção.
Sol na hora certa
A mesma regra dada aos adultos deve ser seguida pelas crianças: evitar sol entre 10h e 16h (no horário de verão, das 11h às 17h). Mesquita reforça que nesse período há uma maior incidência de raios UVB, que são ainda mais agressivos que os UVA.
Queimou. E agora?
A dica é fazer compressas de água gelada para baixar a temperatura do corpo ou dar banho mais frio. Compressas de chá de camomila gelado também são bem-vindas. Fuja de soluções caseiras e, se for um caso mais sério, não hesite em buscar ajuda médica.
Fonte: Gaúcha ZH