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Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, retomou nesta terça-feira (7) o julgamento de apelação criminal das defesas do ex-senador Gim Argello, do ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho e do ex-diretor da UTC Engenharia Walmir Pinheiro Santana, após pedido de vista em sessão anterior. Todos eles tiveram suas penas reduzidas dentro das investigações da Operação Lava Jato.
Condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba, a 19 anos de prisão, a pena de Gim Argello passou para 11 anos e 8 meses. Ele responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A 8ª Turma do TRF4, responsável pelos julgamentos em segunda instância, entendeu que ele não cometeu crime de obstrução de justiça.
O advogado do ex-senador, Marcelo Bessa, disse que considera a decisão uma pequena vitória porque o réu não tem envolvimento nos crimes apontados pelo MPF. Disse ainda que, com base na decisão por maioria, vai pleitear habeas corpus, já que o réu está a mais de um ano preso em regime fechado.
Argello foi condenado em primeira instância juntamente com Léo Pinheiro, da OAS, Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro Santana, da UTC, em outubro de 2016. Eles foram alvos da 28ª fase da Lava Jato, que identificou indícios de solicitação de vantagem indevida, por parte do ex-senador, para evitar que os empreiteiros fossem chamados para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014, da qual Argello era vice-presidente.
O ex-senador, que exerceu mandato no Senado entre 2007 e 2014, foi preso preventivamente em abril de 2016. Ele está preso em Curitiba.
Os condenados do mesmo processo também apelaram de suas penas. Walmir Pinheiro Santana, condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, teve a pena reduzida de 9 anos, 8 meses e 20 dias para 6 anos e 2 meses.
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