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Para proteger cultura do maracujá, produtores torrenses devem cumprir o vazio sanitário

por Central de Jornalismo
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Com a finalidade de proteger a cultura do maracujá em Torres, por força de lei municipal, pioneira no país, todos os produtores da fruta terão que cumprir o “vazio sanitário” pelo período de dois meses, de 20 de junho a 20 de agosto. Vazio sanitário é o período de ausência total de plantas vivas da cultura do maracujá na área de plantio, com o propósito de reduzir a quantidade do vírus do endurecimento do fruto, que é sem dúvida a mais importante praga para a plantação do maracujá. A obrigação de eliminar é do produtor. Após este período, os agricultores deverão plantar mudas limpas, isentas do vírus, grandes, com cerca de 80 centímetros, que diminui o problema com a virose. Além disto, os produtores devem executar uma série de providências na área de plantio.
A lei define a obrigação dos agricultores eliminarem as plantas e manterem suas plantações, sem nenhum pé de maracujá, neste período. O texto também define como obrigatória a eliminação “de todas as plantas de maracujá amarelo, durante a vigência do vazio sanitário, por meio do controle químico ou mecânico; e dá responsabilidade ao produtor, proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título das áreas produtoras de maracujá amarelo, a obrigação de promover –  as suas custas –  a eliminação das plantas de maracujá”. O processo se trata de uma ação sanitária necessária para a manutenção do plantio do maracujá em nosso município.
A virose do endurecimento dos frutos do maracujazeiro é uma das mais importantes doenças da cultura, podendo atingir mais de 70% das plantas em pomares afetados. No Brasil encontra-se presentes em todas as áreas de produção do maracujá. O norte da Santa Catarina já sofreu grandes perdas pelo avanço da virose na região. A doença, na nossa região, foi detectada em 2008 com grande declínio na produção, pois não existe controle químico viável para esta doença ou seu vetor.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Gerson Luiz Nardi, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Pesca, a produção de maracujá em Torres antes do vírus era cerca de 30.000 kg/ha. Nesta safra com o vírus e sem a lei do vazio sanitário alcançamos a produtividade de 19.200 kg/ha. Para a próxima safra, com a lei do vazio sanitário em ação esperamos alcançar a produtividade de 27.000 kg/há.
No município são, hoje, 75 famílias que tem no maracujá sua principal fonte de renda, principalmente nas localidades de Jacaré, Areia Grande, Vila João XXIII, Barro Cortado, Vila São João, Faxinal e Águas Claras, atuação com apoio da Prefeitura e Emater. A cultura do maracujá no município é, na sua maior parte, comercializada para as CEASAS como fruta de mesa e também para empresas que processam a fruta. Esta prática propicia que as vendas sejam totalmente tributadas,  já que são emitidas notas fiscais para toda a produção, o que é fato gerador de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o município e para o Estado.

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