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Juri popular condena o assassino de Aline de Oliveira Ribeiro de Mampituba

por Central de Jornalismo
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Foi realizado hoje, quinta-feira, 01 de novembro, das 9h30min às 15h30min, no fórum da Comarca de Torres, o juri popular para o julgamento do agricultor Joel da Silva Rikunenko, 21 anos, réu confesso do assassinato de Aline de Oliveira Ribeiro, 15 anos, de Mampituba, assassinada em dezembro de 2016.

Presidindo o juri popular esteve a juíza de Direito, Dra. Marildes Angélica Webber Goldschimidt e, na acusação, pelo Ministério Público de Torres, o promotor Dr. Márcio Carvalho e, na defesa do réu, pela Defensoria Pública, o Dr. Rodrigo Noschang.

Em entrevista à Rádio Maristela, ao final da sessão do juri popular, o promotor Dr. Márcio informou a sentença condenatória estabelecida em 18 anos e 6 meses pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (17 anos) e ocultação de cadáver (1,5 anos).
De acordo com o promotor, o crime não pode ser tipificado como feminicídio, que estabelece agravante para o crime de homicídio qualificado, pois a Lei é posterior ao crime praticado. Ainda assim, o promotor Márcio afirmou que irá recorrer para aumento da pena, por entender que o réu apresenta, inclusive, traços de psicopatia, não demonstrando arrependimento e, dentre outras graves razões, ter dissimulado preocupação durante os seis meses do desaparecimento da vítima.
 
Entenda o caso
O réu chegou a confessar aos policiais que investigaram o caso que mantinha relações com Aline, que era cunhada dele, e cometeu o crime por acreditar que a jovem estava grávida dele e que havia ameaçado a contar aos pais. Joel afirmou na época aos investigadores que estava sob efeito de cocaína quando assassinou a jovem e depois enterrou o corpo de Aline em uma cova rasa.

A polícia chegou ao criminoso a partir de informações desencontradas, incluindo o fato do réu terminar o relacionamento com a irmã da vítima dois meses após o desaparecimento da jovem e mudar-se para Santa Catarina.
O agricultor admitiu também que, após o crime, criou um perfil falso em uma rede social e mandou uma mensagem para a mãe de Aline, se passando pela menina e afirmando estar bem e que teria fugido por conta própria.
O corpo de Aline foi encontrado seis meses após o desaparecimento, local indicado por Joel, próximo à sua residência, em Mampituba, no Litoral Norte gaúcho.

Joel da Silva Rikunenko teve prisão preventiva mantida e foi acompanhado pela Susepe para o cumprimento da pena na Penitenciaria Modulada de Osório, onde já se encontrava.
 

Central de Jornalismo – Rádio Maristela