A Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, desencadeou no dia 12 de março, a Operação “Armagedom”, com objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas.
Conforme o delegado Lucas Fernandes da Rosa, coordenador da DIC e que comandou os trabalhos, naquela ocasião foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão, 29 de prisões preventivas, 14 de sequestro de veículos (um deles blindado), cinco de sequestro de imóveis e 22 contas bancárias bloqueadas, sendo que 26 pessoas foram presas, entre elas Fernanda Goulart Rabello, viúva de Cristiano Martins Rabello, mais conhecido como “Sentado”, assassinado aos 41 anos no dia 23 de janeiro. Outra mulher, Débora Mendonça de Paula, apontada como sendo quem transportava a droga de Mato Grosso do Sul para Araranguá, foi presa na cidade Paranhos (MS).
Após a conclusão do Inquérito Policial – que contém 4.000 páginas – o Ministério Público denunciou na última segunda-feira dia 06, 40 pessoas da facção criminosa com ramificações em Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Santa Rosa do Sul, Sombrio, Criciúma, Garopaba (cidades catarinenses) e Paranhos, no Mato Grosso do Sul.
Conforme a denúncia, “a organização criminosa era estruturalmente ordenada, de forma piramidal, caracterizada pela divisão de tarefas entre os denunciados, cada qual com a sua específica função, tudo de modo a ocasionar a perfectibilização das empreitadas delitivas”.
A denunciada Fernanda e o marido Cristiano exerciam o comando e, por conseguinte, a condição de liderança do núcleo criminoso, ficando no topo do esquema piramidal, repassando ordens, autorizando, financiando e fornecendo os narcóticos para os traficantes responsáveis pela venda de drogas em cada núcleo subdividido dentro dos Municípios de Araranguá, Balneário Arroio do Silva e Santa Rosa do Sul.
Ainda de acordo com a denúncia, a função de abastecer o estoque de drogas nesses municípios ficava a cargo dos denunciados Débora Mendonça de Paula (atualmente em prisão domiciliar) e dos irmãos Altair Rudnicki e Renato Rudnicki, os quais estão foragidos.
A denunciada Débora transportava os entorpecentes da cidade de Paranhos/MS até Araranguá. Já, os Rudnicki, possuíam a tarefa de fazer o translado da droga desde as cidades de Paranhos/MS e Garopaba/SC até Araranguá.
Conforme consta, a denúncia foi encaminhada e ainda não tem data para os 40 denunciados serem julgados.
Estão detidos no Presídio Regional de Araranguá: Everton Quadra Fenali, o “Bida”; David Teodoro; Carlos Adroaldo dos Santos Perucia, o “Gaúcho”; José Adoir Correa, o “Daia”; Dinael Felisberto; Bruno Almeida Ribeiro da Silva, o “Bruno Paulistinha”; Dauro Fávaro, o “Velho”; Vilmar Constantino dos Santos, o “Vilmar Da Zona”; Walter Becker; Wilson Felisberto; Maicon da Silva Miguel; Paulo Vitor Freitas dos Santos; José Carlos Nicolau; Antônio do Amaral Pereira Júnior, o “Juca”; Eder Willian Gonçalves do Vale; Iuri Fernandes Gomes; Lauri Goulart; Luciano Pedroso; Lindomar Jorge Barbosa; Edson Ricardo, o “Peixe”; Felipe Severo Pereira, o “Pimpão”;
Estão detidos na Penitenciária Sul, em Criciúma: João Carlos da Rocha Pereira Júnior, o “Juninho” e Leandro Vieira, conhecido como “Parede” ou “Gigante”.
Detida no Presídio Regional Feminino de Tubarão: Fernanda Goulart Rabello;
Já em prisão domiciliar estão: Juliana da Rocha Pereira; Monique da Rosa Machado e Débora Mendonça de Paula.
São considerados foragidos da justiça: Fernando Becker, o “Fernandinho”; os irmãos Altair Rudnicki e Renato Rudnicki e ainda, Erielber Ismael Martins, o “Testa”.
Fonte: Portal Agora Sul