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Aliada de mulheres com endometriose, cirurgia robótica é realidade no Sul de Santa Catarina

por Central de Jornalismo
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Com intervenção minimamente invasiva e menor tempo de recuperação que a cirurgia convencional, a cirurgia robótica já é realidade no Sul do Estado e é a mais nova aliada para tratamento de mulheres com endometriose (afecção inflamatória provocada pela presença de células semelhantes às do endométrio fora do útero). Depois do procedimento o paciente pode receber alta em 24 horas.

O robô cirúrgico é um dispositivo computadorizado controlado por médico cirurgião experiente que pode ser programado para auxiliar o posicionamento e manipulação de instrumentos cirúrgicos. O equipamento é formado por um console que funciona como uma base de controle, na qual o cirurgião principal fica sentado manipulando os braços do robô remotamente. O robô propriamente dito é dotado de braços para segurar os equipamentos que serão utilizados na cirurgia.

Cirurgia robótica no Sul do Estado

Já a partir do final deste mês a cirurgia robótica poderá ser feita por um especialista do Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão. Dr° Mário Antônio Durli, recebeu a certificação do Intuitive, Centro Especializado em Robótica, que fica em Atlanta, nos Estados Unidos. O médico é o único do Sul do Estado a possuir esta especialização. O procedimento é feito no Hospital Santa Isabel, em Blumenau, integrante da Congregação Santa Catarina, único do estado que possui esta tecnologia robótica.

“Essa tecnologia causa uma intervenção minimamente invasiva e com menor tempo de recuperação que a cirurgia convencional, podendo a paciente ter alta em 24 horas”, afirmou o especialista, que já atua com cirurgias de endometriose por videolaparoscopia na cidade de Tubarão. Segundo ele, a tecnologia garante um ganho enorme para esta doença, em que é preciso muito cuidado para preservação de tecidos para evitar dor pélvica e infertilidade. “A precisão adquirida com o robô pode e já está ajudando a trazer melhores resultados para as mulheres com endometriose”, concluiu o Dr. Mário Durli.

Endometriose

A endometriose acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce para fora do órgão. Os fragmentos vão parar no ovário, nas trompas e até em regiões vizinhas. Mesmo deslocado, o tecido excedente é estimulado a crescer e, na hora da menstruação, descama junto com o endométrio original.

A partir daí, surgem as cólicas intensas, o desconforto e, com o tempo, dificuldades para engravidar.

Ainda sem causas definidas, esta doença acomete cerca de 10% das mulheres em idade fértil, correspondendo a aproximadamente 176 milhões de mulheres ao redor do mundo.

Fonte: Portal Agora Sul / Simone Costa