Na sexta-feira, 19 de fevereiro, o jornalista e historiador Nelson Adams Filho fará o lançamento do livro “Igreja de São Domingos das Torres e a Festa de São Domingos”, seguindo as orientações e protocolos para a prevenção ao coronavírus, na Livraria Super Livros, localizada na Av. Barão do Rio Branco, 132 – Centro de Torres.
Trata-se do quarto volume da coleção História Torres e o décimo livro na carreira de historiador de Nelson Adams Filho. De acordo com o jornalista, o livro e pesquisa tem origem há cerca de três anos na inquietação do padre Leonir Alves, pároco de Torres, para datar a Festa de São Domingos, a mais antiga e tradicional festividade religiosa do município. Quantos anos tem essa Festa? Foi o que propôs o padre Leonir aos historiadores de Torres que trataram de pesquisar o tema. Dentre eles, além de Nelson, Bento Barcelos da Silva, Didero Lopes, Nelson de Nardi.
De acordo com Nelson, o resultado foi a publicação dessa pesquisa e a datação de 194 anos para a Festa de São Domingos que tem origem, assim, em 1826, dia 13 de março, data em que a Capella das Torres foi provida. A escolha da datação teve a aprovação e benção do bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl.
Na pesquisa sobre a Igreja, Nelson Adams Filho propõe novas teorias sobre os construtores, não apenas índios prisioneiros guaranis e escravos, como indica a história simples sobre o templo. Mas também a participação dos “mestres de obra”; de cantaria, pedreiros, carpinteiros e outros.
A pesquisa narra também toda a trajetória sobre a passagem do bispo Dom José Caetano da Silva pela região em sua visita pastoral entre 1815/16, data em que a autoriza a construção da Capella das Torres e de outras quinze pelas Capitanias de Santa Catarina e São Pedro.
“Ficou espantado com a pobreza religiosa da região e, em sua visão futurista, sabia que essas capelas galvanizariam e fariam crescer essas regiões”, conta no livro o jornalista.
Quase ao final das pesquisas, nos documentos da Igreja junto à Cúria diocesana em Osório, Nelson Adams Filho encontrou os documentos referentes ao Cemitério da Capela, localizado no lado Sul da Igreja, após a Casa n° 1. Ali, conforme o Livro de Óbitos da Capela de São Domingos das Torres, estão sepultados 258 corpos, desde maio de 1826 a dezembro de 1859 registrados no 1° Livro de Óbitos.
“Trata-se, assim, do segundo cemitério cristão das Torres (o primeiro foi na Itapeva) e o primeiro do núcleo urbano a partir de 1800”, revela Nelson.
Pesquisas arqueológicas iniciais foram realizadas no local e ossadas humanas já foram encontradas. Segundo o historiador, essas pesquisas devem prosseguir.
Central de Jornalismo – Rádio Maristela, com colaboração de Nelson Adams Filho