AO VIVO
AO VIVO
Home » Espécies-chave da Mata Atlântica enriquecem o alimento símbolo do verão

Espécies-chave da Mata Atlântica enriquecem o alimento símbolo do verão

por Central de Jornalismo
A+A-
Reset

O ponto de partida foram as agroflorestas, onde há mais de 30 anos alguns jovens agricultores e agricultoras – assessorados pelo Centro Ecológico-, acreditaram que era possível produzir banana recuperando a Mata Atlântica. De lá para cá, além da banana, outros produtos, como o açaí de juçara (Euterpe edulis) e mais recentemente o butiá (Butia catarinesis), passaram a ser valorizados como ingredientes de receitas triviais e especiais. No rol das especiais, está o sorvete, nas versões picolé e cremoso.

Foto: Divulgação / No Sítio São José, o butiazal nasceu depois do furacão Catarina, no lugar de eucaliptos

Desenvolvido pelo Encontro de Sabores, de Passo Fundo, o picolé de açaí juçara é o único dos sete sabores da linha de frutas nativas que inclui banana na receita. “Ele fica mais doce e tem essa consistência mais cremosa”, explica a coordenadora Lídia da Rocha Figueiró. No ano passado, o empreendimento comprou 150 quilos de polpa, processados pela Agroindústria Ecológica Morro Azul, de Três Cachoeiras, com frutas produzidas por 20 famílias da região.

Foto: Divulgação / Sorvete cremoso de butiá

Já o sorvete cremoso com a polpa de butiá, nasceu do interesse de uma sorveteria pelo açaí de juçara. “Eles conheceram o açaí na Ecotorres (cooperativa de consumidores). As funcionárias falaram das outras polpas que eram produzidas aqui”, conta Marta Bergamo, do Sítio São José, de Torres.

Conforme a produtora, a cremosidade, o aroma, o sabor do sorvete, têm relação com o clima, a saúde da planta e a seleção das frutas. Outra questão destacada pela produtora é a relação com o mercado local, onde é possível acompanhar e ter um retorno da experiência do consumidor. Para Marta, este envolvimento com o produto do butiá, que tem toda uma história, pode contribuir para criar uma relação mais amorosa com a natureza, “o que é muito importante atualmente”.

Fonte: Centro Ecológico – Dom Pedro de Alcântara