As apenadas do Presídio Feminino de Torres desenvolvem há cerca de seis meses a fabricação de protetores menstruais sustentáveis, os bioabsorventes. O projeto é pioneiro no Estado do Rio Grande do Sul e além de Torres, outros municípios como Lajeado, onde tem um presídio feminino, iniciou a produção.
Conforme a assistente social e administradora substituta do presídio, Juliana Malacarme Einsfeld, 28 apenadas realizam a confecção dos bioabsorventes, com idades entre 18 e 42 anos. “Iniciamos o projeto no presídio por meio de uma parceria com o Conselho da Comunidade Penal de Torres, ou seja, via Judiciário, onde adquirimos o curso de fabricação das peças, além de palestras sobre a importância da educação e higiene menstrual. As máquinas de costura vieram de uma parceria com o Depen – Departamento Penitenciário RS, de outro projeto que já era feito, de corte e costura”, conta.
O tecido utilizado nos protetores menstruais é tecnológico da empresa Herself de Porto Alegre e possui durabilidade de até dois anos, fazendo a limpeza e manutenção adequada.
Juliana afirma que as apenadas são oportunizadas a aprender e se profissionalizar em corte e costura, enquanto cumprem a pena. “Nosso presídio trabalha muito forte a questão das políticas para mulheres e de como elas podem aproveitar esse tempo reclusas para desenvolver habilidades e se tornarem pessoas melhores”.
Dentre as principais incentivadoras do projeto está a administradora do presídio, Cátia Alessandra Oliveira de Melo, que atualmente está de férias, bem como a chefe de segurança Marlene Scheffer Matos.
O Presídio Feminino de Torres funciona desde 2010 e é considerado de pequeno porte, com capacidade para 17 detentas no regime semiaberto e 57 no regime fechado. Atualmente o presídio possui 61 mulheres cumprindo pena.