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Vigilância Epidemiológica do RS identifica 20 casos confirmados e sugestivos para variante Ômicron

por Melissa Maciel
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O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) já identificou 20 casos de covid-19 associados à variante Ômicron. Desses, um foi confirmado por sequencimento genômico completo e os demais são chamados de sugestivos, quando a identificação é parcial. A nova linhagem do coronavírus é apontada como a responsável pelo súbito aumento de casos em países da Europa e na África do Sul. Por isso, a Secretaria da Saúde (SES) mantém a necessidade de reforço das recomendações de prevenção: vacinação, uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento interpessoal.

Em todos os casos verificados até agora as pessoas apresentaram sintomas leves e não precisaram de hospitalização. Eles aconteceram em residentes ou visitantes de Porto Alegre (15 casos), Canoas (quatro casos) e Santa Cruz do Sul. Em, pelo menos, três casos a pessoa não tinha histórico de viagem ao exterior nem contato recente com quem tenha vindo de outro país. Caso algum desses sem viagem ou contato com quem viajou venha a ser confirmado pelo sequenciamento genômico completo, fica caracterizada transmissão comunitária, quando se considera que o vírus já circula dentro do Estado.

Dos 20 casos identificados, um foi confirmado por esse método de sequenciamento completo, que faz a leitura de todo o material genético do vírus e, assim, identifica com maior precisão a variante correspondente. Pelos critérios do Ministério da Saúde, somente com a detecção por esse tipo de análise é possível confirmar um caso.

Porém, outras técnicas laboratoriais e clínicas também podem indicar que a infecção é sugestiva ou provável de uma linhagem específica. No RS, 11 casos tiveram esse diagnóstico por meio de um exame de RT-PCR de inferência. Esse exame é capaz de reconhecer partes específicas do vírus do SARS-CoV-2 que são diferentes de uma variante para a outra. Dentro do possível, todas as amostras com essa detecção passam posteriormente pelo exame do sequenciamento completo, embora esse segundo teste possa ser prejudicado pela qualidade do restante de amostra e nem sempre é possível uma nova coleta do paciente, visto que a carga viral já pode ter diminuído na pessoa.

Esses são exames que permitem uma maior rapidez até o resultado indicativo, embora menos específicos, já que o sequenciamento completo é mais demorado. Isso permite que as ações desencadeadas pelas vigilâncias do Estado e dos municípios ajam de forma mais oportuna na identificação dessas cadeias de transmissão, isolamento das pessoas e rastreio de contatos.

Outros oito casos foram classificados como sugestivos por serem pessoas com sintomas gripais e que tiveram contato com algum outro caso já identificado. São situações em que é realizada a coleta de amostras dessas pessoas, embora haja a possibilidade de os exames laboratoriais não detectarem a presença do vírus caso a carga viral esteja muito baixa.


Classificação de casos relacionados a variantes do coronavírus

Caso confirmado: exame com RT-PCR detectável para o SARS-CoV-2 mais o sequenciamento genômico completo para a identificação da linhagem

Caso provável: exame com RT-PCR detectável para o SARS-CoV-2 mais o sequenciamento genômico parcial pelo qual é possível identificar diferenças entre as linhagens

Caso sugestivo: exame com RT-PCR detectável para o SARS-CoV-2 que identifica partes específicas do vírus que são diferentes de uma variante para a outra, ou caso de pessoa sintomática que seja contato de um caso confirmado, possível ou sugestivo por critério laboratorial (vínculo epidemiológico)

Redução no prazo para dose de reforço

Uma das medidas para aumentar a proteção à Ômicron foi a redução no intervalo para a dose de reforço da vacina contra a covid-19 de cinco para quatro meses. A nova dose poderá ser aplicada em qualquer pessoa maior de 18 anos que tenha recebido as duas doses, respeitando o prazo mínimo dos quatro meses após a segunda aplicação. Além disso, a Secretaria da Saúde reforça a importância de se completar o ciclo vacinal, visto que muitas pessoas tomaram apenas a primeira dose e ainda não retornaram aos postos de vacinação.

Da mesma forma, devem permanecer as medidas preventivas: o distanciamento social, a frequente higienização das mãos, o uso correto de máscaras, a ventilação natural de ambientes e o isolamento de casos suspeitos e confirmados e seus contatos.

Fonte: Governo do RS

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