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Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul monitora três casos de Hepatite Aguda infantil de origem desconhecida

por Paula Borges
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Três casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida estão sendo monitorados pela Secretaria da Saúde (SES). Ainda não serão divulgadas informações de idade, município de residência e demais detalhes dos estados clínicos dos casos até que as investigações avancem.

Um caso é considerado como provável quando a pessoa apresenta hepatite aguda e todos os vírus conhecidos causadores da doença (A, B, C, D ou E) tenham sido descartados, segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesses casos, outros exames são feitos para determinar se a causa pode ser outra, como adenovírus, covid-19 ou arboviroses (dengue, zika e chikungunya).

A hepatite aguda apresenta diferentes sintomas: gastrointestinais, como diarréia ou vômito, febre e dores musculares; no entanto, o mais característico é a icterícia – uma coloração amarelada da pele e dos olhos.

O Ministério da Saúde já havia divulgado alerta sobre casos que se enquadram como prováveis em pelo menos outros oito estados (Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo).

Ainda em abril, a SES já havia emitido um comunicado com orientações às vigilâncias epidemiológicas das Hepatites Virais dos municípios e regionais do Estado. A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças, em pelo menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos, foi necessário realizar o transplante de fígado. Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19.

Sintomas e tratamento

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas).

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada.

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.

Mais informações sobre os sintomas da doença podem ser obtidas no site da Opas.

Texto: Ascom SES
Edição: Secom