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Médico alerta para o aumento do câncer de mama em mulheres de até 35 anos

por Melissa Maciel
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Em um contexto onde a saúde assume um papel central, a importância do rastreamento precoce do câncer de mama se destaca como uma medida vital na preservação da saúde das mulheres. Os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) lançam luz sobre a urgência desse tema e a necessidade de abordagens abrangentes para enfrentar esse desafio de saúde pública.

Foto: Freepik

Em entrevista para a Rádio Maristela, na sexta-feira (19), o chefe do Serviço de Mama da Santa Casa de Porto Alegre e coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Nora Teixeira/Rede Einstein de Oncologia, dr. Antônio Luiz Frasson, falou sobre o aumento da incidência do câncer de mama em mulheres jovens, com idade de até 35 anos.

O especialista afirmou que são diversos os fatores que podem estar relacionados ao risco de desenvolver câncer de mama, desde fatores endócrinos e comportamentais até histórico reprodutivo e idade. Além disso, a neoplasia de mama é uma doença de difícil prevenção, especialmente devido à alta associação a fatores não modificáveis, como os fatores genéticos. Daí a importância fundamental de um diagnóstico precoce.

“Se existe uma doença em que o diagnóstico precoce é extremamente impactante, é o câncer. Pois, à medida que os tumores crescem com o passar do tempo, eles se tornam mais agressivos e tendem a se espalhar. De maneira geral, o grande problema de qualquer câncer é o risco de metastização. Nesse sentido, especialmente no câncer de mama, quanto menor a lesão, menor o risco”, esclarece dr. Antônio Luiz.

Monitorar a adesão das mulheres ao exame de mamografia é fundamental. A principal forma de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento mamográfico, sendo também a primeira estratégia capaz de reduzir a mortalidade por essa causa no Brasil.

Prevenção é vital

Em meio a esses desafios, a voz dos especialistas ressoa com clareza. O Dr. Antônio Luiz, reitera a importância do rastreamento precoce como uma ferramenta vital na luta contra o câncer de mama.

De acordo com o INCA, o câncer de mama é o tipo mais incidente no mundo, com aproximadamente 2,1 milhões de casos registrados (IARC – Agência Internacional de Pesquisa em Câncer – 2020). No Brasil, excluindo o câncer de pele não melanoma, a neoplasia de mama lidera os índices de incidência.

No entanto, os desafios não param por aí. No Rio Grande do Sul, houve uma redução acumulada de 40% no número de mamografias realizadas entre 2020 e 2021 em comparação a 2019. Essa queda alarmante ressalta a necessidade premente de reforçar os esforços de conscientização e acesso aos serviços de saúde.

Antes da pandemia, em 2019, foram realizadas 17.631 mamografias no Estado. Porém, em 2020, esse número despencou para 12.145, representando uma queda significativa de 31,1%. Felizmente, em 2022, observou-se um aumento de 8,2% em relação ao período pré-pandemia, alcançando mais de 19 mil mamografias por mês.

As mulheres têm o direito fundamental de receber esses serviços gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e é fundamental que essa garantia seja amplamente divulgada e acessível a todas.

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