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Prefeito de Torres comenta Operação Quia Prius da Polícia Federal

por Melissa Maciel
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Na manhã desta terça-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Quia Prius, que investiga possíveis irregularidades em contratos licitatórios e desvios de recursos públicos em diversas cidades, incluindo Torres, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Cerca de 40 policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Torres, Xangri-lá, Arroio do Sal, Porto Alegre, São Leopoldo e Balneário Camboriú (SC).

A investigação apura suspeitas de fraudes na adesão da Prefeitura de Torres a uma Ata de Registro de Preços da Prefeitura de Cidreira, que teria resultado na contratação de uma empresa de serviços médicos com suposto sobrepreço, além de falhas na fiscalização e prorrogações indevidas.

O prefeito de Torres, Carlos Souza, em entrevista à Rádio Maristela, comentou a operação, destacando que recebeu informações preliminares sobre o caso. “Não foi nenhum processo licitatório que promovemos. Nós aderimos a esta ata em 2017 para contratar profissionais na área da saúde, em um momento de necessidade urgente”, explicou.

Durante a operação, agentes da PF estiveram na casa do prefeito Carlos Souza e da secretária municipal da Saúde, Suzana Machado. “Eles cumpriram os mandados de busca e apreensão em minha residência e no meu escritório. Levaram meu celular e um veículo registrado em meu nome, conforme previsto no mandado, mas não houve apreensão de documentos relevantes, já que o contrato investigado foi extinto no início de 2022”, afirmou o prefeito.

A secretária Suzana também teve seu celular apreendido, mas seu veículo não foi levado.

Colaboração com a investigação

Carlos Souza afirmou estar tranquilo e ressaltou que a Prefeitura já havia encaminhado, no ano passado, a documentação relacionada ao contrato em questão. “Estamos colaborando com as investigações e aguardando o desenrolar do processo para entender exatamente do que se trata. Este contrato já foi encerrado há mais de dois anos e, desde então, realizamos novos processos licitatórios para atender a área da saúde”, destacou.

O prefeito aproveitou a oportunidade para desmentir boatos de prisão. “Não houve prisões, nem pedidos de afastamento. Continuo no gabinete, trabalhando normalmente, e nosso foco é encerrar o mandato entregando o melhor para a população”, concluiu.

A Polícia Federal segue investigando o caso, que envolve outras prefeituras e a mesma empresa contratada para prestação de serviços médicos.

>> Confira a entrevista:

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