Uma caravela-portuguesa foi encontrada por banhistas e guarda-vidas na tarde do último domingo (5), na praia da Itapeva, em Torres.
A aparência azul e cristalina da água nas praias do litoral do Rio Grande do Sul tem atraído turistas aos municípios gaúchos banhados pelas águas do oceano atlântico. Porém, a presença elevada de águas-vivas e caravelas-portuguesas vem gerando desconforto e preocupação para as famílias que desejam aproveitar os dias de verão na praia.
A Reportagem da Rádio Maristela entrou em contato com o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Torres, Douglas Vieira Gomes, que também é biólogo e orientou a população a como reagir caso ocorra um acidente envolvendo caravelas-portuguesas.
“É importante sair da água imediatamente, lavar a área afetada com água do mar, retirar os tentáculos com pinças e aplicar vinagre ou compressas mornas para alívio. Caso os sintomas sejam graves, como dificuldades respiratórias ou dor intensa, procure assistência médica urgente.”, salientou o biólogo.
Até o último sábado (4), a Operação Verão no Litoral Norte registrou um recorde, com ao menos 9,4 mil banhistas relatando queimaduras por águas-vivas. De acordo com Daniel Moreno, coordenador operacional da Operação Verão, o número já supera o total registrado no mesmo período do verão passado.
CARAVELA-PORTUGUESA
A caravela portuguesa (Physalia physalis) é um organismo marinho colonial, composto por várias partes com funções distintas. Encontrada principalmente em mares tropicais e temperados, ela se destaca por sua aparência fascinante, mas também representa um risco.
Seus tentáculos contêm células urticantes que liberam veneno ao contato, causando queimaduras dolorosas e, em casos mais graves, reações alérgicas severas.
