Prefeito avaliou positivamente o evento em sua primeira edição como gestor municipal e destacou envolvimento comunitário, valorização cultural e planejamento com baixo custo.
Em entrevista concedida à Rádio Maristela na tarde de domingo (4), o prefeito de Torres, Delci Dimer, fez um balanço da realização do 35º Festival Internacional de Balonismo, o primeiro de seu mandato à frente da prefeitura. Ao lado do secretário municipal de Turismo, Gabriel Mello, o prefeito Delci celebrou os resultados do evento, enfatizando o espírito coletivo da organização e o impacto positivo para o turismo e a economia local.
“Realmente, sozinho nós não construímos nada. Temos que pensar na jornada do turista, do visitante e também do torrense. Quando conseguimos isso, conseguimos a adesão da comunidade”, afirmou o prefeito, destacando o envolvimento de mais de mil pessoas na organização, incluindo voluntários, equipes técnicas e servidores municipais.
Delci e os organizadores comemoraram o recorde de público e de balões nesta edição. Um dos destaques, segundo o prefeito, foi a possibilidade inédita de aproximar o público dos balões. “As pessoas puderam chegar perto, tocar no cesto, sentir o calor do fogo. Para muitos, isso era um sonho. Essa vivência pode até estimular o surgimento de novos pilotos e equipes, além de fortalecer a ideia de Torres como um polo do balonismo no Brasil”, explicou.
Segundo Gabriel, responsável pela coordenação do evento, um dos grandes acertos foi a inclusão da Arena Kids, que proporcionou lazer gratuito às famílias e ajudou a manter o público por mais tempo no parque. Outro ponto destacado foi a liberação controlada da entrada de visitantes na arena dos balões, o que permitiu uma experiência mais imersiva. “Torres era o segundo maior festival do mundo, mas não conseguia colocar as pessoas próximas dos balões. Isso mudou este ano graças à união com universidade e voluntários, que nos ajudaram a garantir segurança e organização”, completou.
Apesar da grandiosidade do evento, o prefeito reforçou que a gestão buscou manter os custos sob controle. “A gente sempre tenta fazer mais e melhor com menos. Apertamos tudo o que foi possível, mas conseguimos entregar um evento à altura do que Torres merece”, afirmou. Para o prefeito, o festival não é um gasto, e sim um investimento. “A cidade vive do turismo. Com o festival, os hotéis lotaram, os restaurantes trabalharam, o comércio girou. Se a gente parasse tudo para tapar buraco, o hotel ia ficar vazio. Não tem como abrir mão de um evento como esse”, argumentou.
A presença de mais de 100 mil pessoas no parque durante o show de Michel Teló foi um dos pontos altos do festival, segundo Gabriel. A estrutura do evento comportou o público sem registrar qualquer ocorrência grave. Além de Teló, Isadora Pompeu, Nando Reis e Os Fagundes também se apresentaram, com destaque para o caráter diverso das atrações. “Reduzimos o cachê dos shows e valorizamos mais os balões e a cultura regional. A ideia é equilibrar o protagonismo entre as atrações artísticas e o balonismo, com menos ‘shownismo’ e mais balonismo”, explicou o secretário.
A presença internacional no evento, com pilotos de países como Japão, Nova Zelândia, Chile e Argentina, também foi ressaltada como uma estratégia para consolidar ainda mais Torres no cenário mundial. “Queremos mostrar nossa identidade cultural para o mundo, e isso já começou com os troféus artesanais únicos, feitos por uma artista local”, disse Gabriel.
A melhorar
Entre os pontos a melhorar, a administração municipal pretende discutir a ampliação da área útil do parque sem perda de atrações, melhorias no entorno – como calçamento e estacionamentos – e até a construção de um pavilhão fixo, para evitar custos com estruturas temporárias.
Ao encerrar a entrevista, Delci agradeceu a dedicação da equipe da prefeitura, dos voluntários e das forças de segurança. “Trabalhamos juntos, todos olhando para um mesmo horizonte. E o resultado está aí: um evento grandioso, seguro, com repercussão internacional e que enche de orgulho cada torrense. Agora, é sentar com a equipe e pensar em como fazer um próximo festival ainda melhor”, concluiu.
