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Virada do ano é usada por golpistas em falsa cobrança da Receita Federal

por Nicole Corrêa
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A Receita Federal emitiu um alerta nacional sobre uma nova modalidade de golpe que utiliza nome e CPF reais de contribuintes para simular cobranças fiscais e induzir vítimas a acessarem links falsos que imitam o ambiente do gov.br. O esquema tem circulado por aplicativos de mensagem (WhatsApp) e se baseia na criação de urgência, com ameaças de bloqueio imediato do CPF e perda de direitos civis.

O golpe foi registrado na prática pela jornalista Melissa Maciel, da Rádio Maristela, que recebeu no início da manhã desta quarta-feira (31), às 6h10, uma mensagem informando suposta “irregularidade fiscal grave”, com prazo final às 23h59 do mesmo dia. O texto citava a Lei nº 9.430/1996, apresentava data limite para regularização e direcionava para um link suspeito, fora do domínio oficial do governo. Além disso, ao final da mensagem, o criminoso ainda sugeria opções como “bloquear” ou “falar com o suporte”, estratégia usada para dar falsa credibilidade e atingir até mesmo quem evita clicar no primeiro link.

Segundo a Receita Federal, mensagens que exigem pressa, impõem prazos de minutos ou ameaçam bloqueios imediatos são sinais claros de fraude. O órgão reforça que não envia cobranças por aplicativos de mensagem, não solicita pagamentos por links externos, não oferece descontos para quitação imediata e nunca exige ação urgente do contribuinte. Todas as informações legítimas sobre pendências, débitos ou situação do CPF estão disponíveis exclusivamente no e-CAC, acessado apenas pelo site oficial da Receita Federal, cujo endereço termina em gov.br.

Outro ponto destacado no alerta é o uso de dados pessoais verdadeiros para dar aparência de autenticidade às mensagens. Os golpistas copiam cores, logotipos e linguagem institucional, mas utilizam endereços eletrônicos estranhos ao domínio oficial. A orientação é clara: qualquer site fora do gov.br é falso. Em caso de dúvida, o contribuinte deve acessar manualmente o site da Receita Federal no navegador e nunca clicar em links recebidos por mensagens.

No caso da mensagem recebida pela jornalista o endereço termina com “.com”:


A Receita Federal orienta que mensagens desse tipo sejam ignoradas e denunciadas, reforçando que a mistura de referências ao governo com canais informais de contato é uma estratégia recorrente de fraude. O alerta vale para todo o país e se intensifica em períodos de virada de ano, quando golpes com prazos fictícios se tornam mais frequentes.

Com informações da Receita Federal.