Melissa Maciel

A Comissão Diocesana de Liturgia (CDL) da Diocese de Osório está convidando todos os fiéis, especialmente aqueles que servem ou desejam servir como leitores em suas comunidades, para participarem das “Oficinas práticas de estudo, preparação e proclamação da Palavra”. O evento coroa um semestre de formação que percorreu as seis áreas pastorais da Diocese.

As oficinas acontecerão em data e local únicos para toda a Diocese: no dia 27 de setembro, um sábado, das 8h30min às 11h30min. O encontro será realizado em Terra de Areia, na Sala Padre Arno, localizada nos fundos da igreja São Pedro, no Centro de Terra de Areia.

De acordo com a Comissão, este momento formativo dá continuidade aos encontros da Escola Permanente de Formação para Ministérios, que no segundo semestre focou na capacitação de leitores. Durante as visitas às áreas pastorais, foram abordados temas essenciais como a postura adequada, a importância da gestualidade, a preparação espiritual e técnica do leitor, além de um aprofundamento sobre os livros litúrgicos, com destaque para o Lecionário e o Evangeliário.

Inspirada pelo Mês da Bíblia, celebrado em setembro, a Comissão promove agora esta etapa prática com o objetivo de aprimorar a dedicação ao estudo e à proclamação da Palavra do Senhor. Para o bom andamento das atividades, é solicitado que os participantes levem suas Bíblias, preferencialmente a edição com a tradução oficial da CNBB.

Inscrições Online

Para participar deste grande momento de convívio e aprendizado, os interessados devem realizar sua inscrição de forma online até a quinta-feira, dia 25 de setembro. O link para inscrição pode ser encontrado  abaixo e nas redes sociais da Diocese de Osório.

Para a inscrição, clique AQUI!

A participação de todos é aguardada com grande expectativa, visando o enriquecimento do serviço litúrgico em todas as paróquias e comunidades da Diocese.

Fonte: Ascom Diocese de Osório / Melissa Maciel

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No artigo intitulado “Cruz, a mais inesperada revelação de Deus”, o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, convida os fiéis a contemplarem a cruz como a maior manifestação do amor misericordioso de Deus. A reflexão é motivada pela celebração da Exaltação da Santa Cruz, em 14 de setembro, solenidade que recorda a vitória do Cristo Crucificado e Ressuscitado, fonte de esperança e de vida nova para toda a humanidade.

Dom Jaime destaca que a cruz não pode ser reduzida a um símbolo decorativo ou amuleto, mas deve inspirar transformação de vida, entrega e solidariedade. Ao olhar para o Crucificado, o cristão é chamado a reconhecer nos pobres, doentes e sofredores de hoje os verdadeiros “crucificados” que necessitam de atenção e cuidado. Assim, a cruz revela-se não apenas como sinal de salvação, mas também como caminho concreto de amor e serviço.

Leia a íntegra do artigo:

Cruz, a mais inesperada revelação de Deus

No dia 14 de setembro, a Igreja Católica celebra a Exaltação da Santa Cruz, reconhecendo nela a maior manifestação do amor misericordioso de Deus. Contemplar a cruz e permitir que ela ilumine nossas vidas desperta sentimentos de consolação e gratidão indescritíveis.

O mundo moderno frequentemente procura fugir da cruz e negá-la, acumulando assim “cruzes” insuportáveis. Não há vida plenamente realizada e feliz sem sacrifício, doação e empenho constante, sem entrega dedicada a uma causa, mesmo no âmbito humano.

Para a Igreja Oriental, essa solenidade tem importância comparável à da Páscoa. Nesta data, o povo cristão celebra o triunfo da cruz, pois por meio dela a humanidade foi redimida e salva.

A cruz possui um valor simbólico capaz de evocar um bem supremo: a ação salvadora de Deus. Ela nos chama a contemplar o Crucificado e Ressuscitado. Quem a carrega, consciente ou inconscientemente, não a vê apenas como enfeite ou amuleto, mas como sinal de alguém capaz de transformar dor e sofrimento em esperança e vida eterna: a vitória do Amor.

No uso litúrgico, a cruz próxima ao altar recorda a serpente de bronze que Moisés levantou no deserto: ao olhá-la, os hebreus mordidos pelas serpentes eram curados. Assim, cremos que o Filho do Homem, por sua morte na cruz, trouxe salvação a toda a humanidade: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.”

Além disso, a cruz deve nos conduzir aos crucificados de hoje: os pobres, doentes, idosos, explorados, crianças… Eles são os mais dignos de estarem presentes, de alguma forma, ao lado de nossos altares durante as celebrações. A salvação se concretiza na atenção e no cuidado para com eles, lembrando as palavras do Evangelho: “Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber…” (Mt 25).

Sim, a cruz é a mais inesperada revelação de Deus, do seu amor por nós e por toda a humanidade. Não é à toa que as últimas palavras de Jesus antes de entregar o espírito foram: “Pai, perdoa-lhes: eles não sabem o que fazem.”

Obrigado, Senhor, por tanto amor, e continua suplicando ao Pai por nós, pecadores.

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo Diocesano

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