GERAL

A tarde desta segunda-feira (1º) marcou um momento histórico na Câmara Municipal de Torres. Pela primeira vez em 35 anos, um presidente foi reeleito para comandar o Legislativo, e o feito ficou com Igor dos Santos Beretta (MDB), que voltará a conduzir a Mesa Diretora em 2026. A reeleição foi confirmada na sessão das 16h, com chapa única apresentada e eleita de forma unânime.

>> Siga o canal do Grupo Maristela no WhatsApp.

Antes da votação, Beretta concedeu entrevista à Rádio Maristela e falou sobre o sentimento deste novo mandato. “É um resultado que vem de um trabalho consistente ao longo do ano. A Câmara construiu coletivamente essa ideia da reeleição, e sou muito grato pela confiança de todos os vereadores”, afirmou. Ele lembrou que desde 1990-1991 o Legislativo não registrava uma recondução ao cargo.

A nova Mesa Diretora terá Moisés Trisch (PT) como vice-presidente, Rogério Evaldt Jacob (Rogerinho) como 1º secretário e Deise Scheffer Clezar (PSDB) como 2ª secretária. Para Beretta, a composição pluripartidária reforça o espírito de diálogo que marcou sua gestão.

Ao falar das expectativas para a próxima legislatura, o presidente enfatizou a importância de manter o equilíbrio entre os poderes. “O Legislativo deve ser independente e harmônico com o Executivo, mas nunca subordinado. Sempre defendi isso. Trabalhamos com autonomia e respeito, e os vereadores aprovaram essa postura”, disse. Ele destacou que, apesar de a reeleição parecer tranquila, houve movimentos contrários, mas o apoio interno e a “habilidade política” consolidaram o resultado.

Sobre a relação com o Executivo, Beretta destacou que o diálogo será permanente. Durante a entrevista, secretários municipais visitaram o gabinete, o que ele interpretou como demonstração de sintonia entre os poderes. “Tudo o que o prefeito Delci precisar, dentro da legalidade e para o bem da comunidade, estaremos juntos. A cidade merece resultados concretos.”

Ao encerrar a conversa, Beretta agradeceu o espaço da Rádio Maristela e reforçou o compromisso de manter a Câmara próxima da população, com transparência e respeito. A nova Mesa Diretora assume oficialmente no próximo ano para conduzir os trabalhos do Legislativo em 2026.

Fotos: Anderson Weiler

A denúncia de uma suposta agressão dentro de uma escola municipal de educação infantil de Torres segue repercutindo na comunidade escolar. Após uma mãe registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) afirmando que o filho, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), relatou ter tido a boca tapada e o nariz torcido por uma monitora durante a rotina de descanso, pais e responsáveis de outras crianças divulgaram uma nota pública em defesa da funcionária.

>> Siga o canal do Grupo Maristela no WhatsApp.

O caso veio à tona na segunda-feira (17), embora o episódio relatado pela família tenha ocorrido na terça-feira (11). Assim que tomou conhecimento da denúncia, a Secretaria Municipal de Educação reuniu a equipe, avaliou a situação e determinou o afastamento da monitora, medida adotada como precaução enquanto a Polícia Civil conduz a investigação. A monitora solicitou desligamento por decisão pessoal.

A secretária de Educação, Rosa Lummertz, afirmou que a pasta tomou “todas as providências imediatas”, registrando ata da reunião e encaminhando o caso às autoridades competentes. Segundo ela, a professora da turma declarou em ata que não presenciou qualquer ato de agressão. “Segue agora para investigação”, reforçou.

Nota defende conduta da monitora

Em meio à repercussão, um grupo de pais e responsáveis por alunos da escola publicou uma manifestação conjunta defendendo a profissional. No texto, eles afirmam que a monitora sempre demonstrou “dedicação, responsabilidade, compromisso e cuidado” no trabalho com as crianças, conquistando a confiança da comunidade escolar.

Os responsáveis afirmam ainda que, após conversarem com seus filhos que estavam presentes na sala no dia dos fatos, diversos relatos apontaram que não houve agressão, mas sim uma intervenção para orientar o aluno e interromper uma conduta específica, com o objetivo de preservar a integridade do próprio estudante e das demais crianças.

A nota pede cautela e reforça a importância de uma apuração “séria, justa e transparente”, com respeito ao contraditório e à ampla defesa, evitando julgamentos precipitados ou exposição indevida dos envolvidos. O grupo também manifesta solidariedade à monitora e afirma confiar em uma análise técnica e imparcial por parte das autoridades.

Investigação continua

O caso segue em investigação pela Polícia Civil. A Secretaria de Educação informou que acompanha o andamento das apurações e poderá adotar novas medidas conforme o avanço do processo.

Novas informações deverão ser divulgadas apenas após a conclusão das investigações.

Foto: Freepik

A poucos dias do início oficial da temporada de verão, a Associação dos Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (ABERGS) acende um alerta no Litoral Norte. As vistorias técnicas realizadas em Arroio do Sal mostram que as estruturas usadas pelos guarda-vidas ainda não estão pronta para garantir a segurança de quem frequenta as praias.

>> Siga o canal do Grupo Maristela no WhatsApp.

Nesta etapa, a equipe da ABERGS avaliou todos os pontos destinados à instalação de guaritas no município. Ao todo, foram identificados 22 locais, mas o cenário preocupa: seis pontos não possuem guarita instalada e outros 16 têm estruturas consideradas inadequadas, com problemas de manutenção, desgaste e condições gerais que dificultam o trabalho dos profissionais.

Além das questões estruturais, moradores e banhistas relataram a ausência de guarda-vidas nos fins de semana, justamente no período em que o movimento nas praias cresce por causa do calor. Para a ABERGS, essa falta de efetivo reduz a capacidade de prevenção e resposta a emergências, deixando os frequentadores mais vulneráveis.

A entidade reforça que as vistorias têm o objetivo de garantir não apenas a segurança dos banhistas, mas também condições dignas de trabalho aos guarda-vidas, que dependem de estruturas adequadas para atuar com eficiência.

As inspeções seguem nos próximos dias em outros municípios do Litoral Norte. Ao final do processo, a ABERGS vai consolidar os resultados em um documento técnico que será enviado às autoridades responsáveis, cobrando providências para que o verão comece com as praias mais seguras e as equipes de salvamento estruturadas.

Foto: ABERGS/Divulgação

A pouco mais de um mês do início da Operação Verão, a Associação de Bombeiros do Estado do RS (ABERGS) acendeu o alerta sobre a situação das guaritas de guarda-vidas em Torres. Uma vistoria técnica realizada pela entidade revelou um cenário preocupante: falta de estruturas, precariedade e profissionais já trabalhando sem condições mínimas de segurança.

>> Siga o canal do Grupo Maristela no WhatsApp.

Segundo o levantamento, 19 guaritas deveriam estar distribuídas pela orla, mas a realidade é bem diferente. Oito delas estão em condições precárias, com falta de pintura, aberturas danificadas ou inexistentes e até guarda-corpos frouxos, colocando em risco tanto os guarda-vidas quanto os banhistas. Outras dez não existem, deixando longos trechos da praia sem a cobertura adequada ou forçando improvisos por parte das equipes. Há ainda uma guarita em construção, sem previsão de conclusão.

A ABERGS relatou que alguns postos já estão funcionando nos fins de semana por causa do aumento do movimento de banhistas. Nesses pontos, porém, os profissionais atuam em estruturas improvisadas ou deterioradas, o que compromete o atendimento e a segurança da população.

Com a temporada se aproximando e o efetivo prestes a ocupar toda a orla, a associação cobra providências imediatas dos órgãos responsáveis para garantir condições dignas aos guarda-vidas. A entidade também anunciou que continuará realizando vistorias em outras praias do litoral gaúcho nos próximos dias, ampliando o diagnóstico e reforçando a cobrança por melhorias.

Foto: Ascom ABERGS

Na tarde da última quarta-feira (12), foi realizada na 2ª Vara Cível da Comarca de Torres uma audiência para discutir o futuro da Casa de Passagem, serviço de acolhimento para pessoas em situação de rua. A Defensoria Pública esteve representada pelo defensor público Rodrigo Noschang, que reforçou sua posição em favor da manutenção da Casa de Passagem, destacando que o serviço é essencial para garantir dignidade às pessoas em situação de vulnerabilidade.

>> Siga o canal do Grupo Maristela no WhatsApp.

Em entrevista para a Central de Jornalismo da Rádio Maristela, nesta quinta-feira (13), o defensor público lembrou que a iniciativa da Prefeitura, ao criar a casa, foi positiva e necessária diante do aumento expressivo da população em situação de rua nos últimos anos, estimada atualmente em cerca de 200 pessoas.

Durante a audiência, a Defensoria reconheceu que a localização atual, na Praia da Cal, um bairro residencial, não é a mais adequada, e propôs a transferência do serviço para outro imóvel, como o sugerido na Estrada do Mar, onde já funcionou o CREAS. Segundo o órgão, não há exigência legal que determine que a Casa de Passagem funcione em regiões centrais da cidade, ficando a definição do local a critério do gestor municipal, desde que o serviço seja mantido.

“O que defendemos é que Torres tenha uma política pública permanente para atender essa população, e não apenas medidas emergenciais em períodos de frio. A Casa de Passagem tem papel fundamental como porta de entrada para uma vida com dignidade”, afirmou o defensor Rodrigo.

O Ministério Público, por sua vez, manifestou-se favorável à posição da Prefeitura, sustentando que não há obrigação legal de manter ou construir uma Casa de Passagem, podendo o município oferecer outros tipos de atendimento social. Sem consenso entre as partes, a decisão final sobre a continuidade ou não do serviço caberá ao Judiciário, que deve se manifestar até o fim de novembro.

O encontro reuniu a juíza Rosane Ben da Costa, o prefeito Delci Dimer, o procurador municipal Régis Bento de Souza, o promotor de Justiça Marcelo Araújo Simões, representando o Ministério Público, e o defensor público Rodrigo Oliveira, autor da ação que pede a continuidade do serviço.

Na tarde desta quarta-feira (12), uma audiência realizada na 2ª Vara Civil de Torres discutiu o futuro da Casa de Passagem do município, serviço voltado ao acolhimento de pessoas em situação de rua. A reunião contou com a presença da juíza Rosane Ben da Costa, do prefeito de Torres, Delci Dimer, do procurador do município Régis Bento de Souza, da Defensoria Pública, que foi a autora da ação que pede a continuidade do serviço, e do Ministério Público.

>> Siga o canal do Grupo Maristela no WhatsApp.

Em entrevista à Rádio Maristela, o promotor Marcelo Araújo Simões explicou que o encontro teve como objetivo tentar um acordo entre as partes, o que não ocorreu.

“A juíza marcou a audiência para tentar um acordo, mas não houve. O prefeito mantém a decisão de suspender o serviço da Casa de Passagem, e a Defensoria pretende que o serviço não seja suspenso”, afirmou o promotor.

O Ministério Público manifestou-se favorável à posição da Prefeitura, entendendo que o município não tem obrigação legal de manter ou construir uma Casa de Passagem, podendo atender a população em situação de rua por meio de outras políticas públicas.

Com o impasse, caberá agora à juíza decidir se a Prefeitura poderá suspender o serviço ou se a Defensoria Pública conseguirá garantir sua continuidade.

Foto: Igor Lins