LITORAL NORTE GAÚCHO

O local do novo espaço dos animais foi uma das polemicas do projeto

O Centro de Bem Estar Animal de Torres já tem local definido e está a um passo de ser licitada a sua construção. A localidade do Barro Cortado irá receber o novo espaço destinado aos animais em uma área própria do município.

O projeto está nesse momento em análise pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e será retomado na reunião do dia 20 de junho. Após seguirá para licitação.

A Secretária de Meio Ambiente e Urbanismo de Torres, Fernanda Brocca, destaca que várias entidades foram ouvidas.

“Foram ouvidos o Conselho Estadual de Medicina Veterinária, o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e o Gabinete de Assessoramento Técnico (GAT), que é o grupo técnico do Ministério Público. O projeto seguiu toda legislação do conselho e assim vai melhor a qualidade de vida dos animais e dos servidores que trabalham diariamente no cuidado com os cães”, afirmou Brocca.

O local do novo Centro foi motivo de amplo debate com os protetores de animais, que se apresentaram contrários ao espaço escolhido pela administração municipal. Em entrevista na Rádio Maristela, no mês de abril, a Presidente da Associação Torrense de Proteção Animal (ATPA), Maria do Carmo Raya Fontan, disse que a distância e o tamanho do novo espaço irão facilitar o abandono de animais.

“Aqui na nossa região, apenas Torres tem canil e o novo local, por ser em área rural vai facilitar o abandono, porque as pessoas vão vir de outras cidades e vão deixar os animais. A Prefeitura terá que acolher e isso vai gerar um investimento enorme. Queremos um centro de bem estar animal e não um canil, uma sede enxuta e próxima”, afirmou ela na oportunidade.

Brocca discorda de Fontan e afirma que o trabalho está sendo realizado para combater o abandono.

“Não é interesse da municipalidade que se transforme em um depósito de animais, por esta razão está se trabalhando em uma política de proteção e bem estar dos animais, pois somente com uma política sólida, conseguiremos combater o abandono e os maus tratos”, destacou Brocca.

Foto: Reprodução

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É frequente entre a população a dúvida sobre o sistema de recolhimento e destinação de resíduos sólidos, seja o orgânico, seja o reciclável. Afinal de contas, existe separação de resíduos em Torres? Qual o tratamento dado aos resíduos domiciliares, às podas de residências particulares e aos detritos gerados pela construção civil?

Sim, existe separação de resíduos em Torres. Basicamente são três processos de recolhimento e tratamento no Município. E a população deve separar o resíduo orgânico do reciclável e dispor dessa forma para o recolhimento. A empresa terceirizada que atualmente recolhe os resíduos está apta a recolher os materiais já separados pela população.

Um passo importante a ser dado em um futuro breve, de acordo com a secretária do Meio Ambiente, Fernanda Brocca, é para a realização de campanha de conscientização da população para fazer a sua parte.

“Paralelo às ações operacionais de logística dos resíduos sólidos, vamos intensificar ações permanentes de Educação Ambiental nas mídias locais e oficiais da Prefeitura e na rede de ensino, visando a melhoria constante dos processos de gestão neste tema de fundamental relevância ambiental que integra cada cidadão, setor público e privado na elaboração e condução de caminhos sustentáveis”, explica a secretária.

Isso porque, conforme Fernanda, o Município contratou recentemente uma cooperativa especializada em coleta seletiva, para fortalecer ainda mais essa modalidade de reaproveitamento de materiais em Torres. A cooperativa contratada está realizando a elaboração da rota de coleta, para tão logo dar início ao recolhimento de recicláveis. Só a partir do início da operação da Cooperativa, o Município pretende orientar mais fortemente a população sobre a adequada separação dos resíduos.

Enquanto isso, cada um pode fazer a sua parte, separando os resíduos em casa e/ou empresa, já que a coleta existente atualmente também recolhe os materiais orgânicos e os recicláveis separadamente.

Os resíduos sólidos de Torres passam basicamente pelos seguintes processos:

1. Resíduos sólidos urbanos domiciliares

O recolhimento de resíduos sólidos urbanos domiciliares é realizado por empresa terceirizada, no modelo porta-a-porta. Esses resíduos são destinados a um transbordo que também é terceirizado.

No transbordo ocorre a separação dos materiais recicláveis que por ventura estejam misturados ao material orgânico e, após esse processo, parte segue para reciclagem em diversos caminhos, dependendo do tipo de material, e o rejeito final é transportado em caminhões adaptados de grande porte para o destino final, o aterro sanitário terceirizado.

2. Resíduos sólidos recicláveis

Os resíduos sólidos recicláveis são coletados por diversas cooperativas na cidade, atualmente uma dessas cooperativas é contratada pelo Município para a realização da coleta e, as demais, atuam de forma autônoma. Esses materiais seguem seus caminhos de reciclagem conforme a origem de seus componentes. A cooperativa que presta serviços ao Município está em fase de elaboração da rota de coleta.

3. Resíduos de obras e podas de árvores

Para os resíduos oriundos de pequenos geradores provenientes da construção civil (RCC), a chamada caliça, e podas de áreas particulares, o Município dispõe de uma área para recebimento, a RECIVIDA, localizada na Estrada do Mar, km 86, nº 707.

A Secretaria de Meio Ambiente ressalta que o transporte desses resíduos de RCC e podas são de obrigação do gerador, sendo o poder público responsável apenas por ceder área destinada a compactação dos mesmos, não o recolhimento, o que na prática as pessoas ainda tem pouco conhecimento.

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