A situação da SC-108, no trecho entre Jacinto Machado e Praia Grande, no Sul catarinense, voltou ao centro do debate nesta quinta-feira (13). Em reunião na Secretaria de Estado da Infraestrutura, lideranças regionais reforçaram a preocupação com o estado crítico da rodovia e buscaram soluções definitivas para uma obra que se arrasta há anos, entre paralisações, problemas contratuais e frustrações para quem depende da estrada diariamente.
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O encontro discutiu os obstáculos que travaram o avanço da pavimentação. A empresa responsável pelo contrato foi multada em R$ 3,4 milhões e está há quatro meses sem apresentar qualquer justificativa ao governo, fator que levou à decisão de rescindir o contrato sem judicialização, mantendo, porém, o projeto original.
A partir dessa ruptura, a Secretaria informou que uma nova licitação deve ser lançada até o início de fevereiro de 2026, com a promessa de dar mais segurança jurídica e acelerar o processo. Enquanto isso, para não deixar a população refém do abandono, será firmado um convênio com Jacinto Machado e Praia Grande para garantir ações emergenciais de manutenção.
Segundo a pasta, a prioridade imediata é devolver condições mínimas de trafegabilidade ao trecho, que apresenta riscos constantes a motoristas, estudantes, trabalhadores, produtores rurais e turistas que utilizam a rodovia diariamente.
A SC-108 coleciona problemas desde 2022, quando as obras pararam pela primeira vez por dificuldades na compra do seixo rolado, material essencial para a base da pavimentação. A retomada em fevereiro de 2024, com investimento estimado entre R$ 75 e R$ 78 milhões, também não trouxe resultados práticos. O ritmo dos trabalhos permaneceu lento e insuficiente, gerando indignação e insegurança para a população.
Agora, com o rompimento do contrato e a promessa de um novo processo licitatório, cresce a expectativa de que, enfim, a estrada receba a atenção necessária. Lideranças locais defendem que a próxima contratação seja criteriosa, garantindo uma empresa com capacidade técnica e compromisso real com a execução.
Para os municípios, o futuro da SC-108 representa mais do que mobilidade: é desenvolvimento, integração regional e respeito com o Extremo Sul. Depois de anos de entraves, a comunidade espera que a rodovia finalmente tenha começo, meio e fim, e deixe de ser um símbolo de descaso para se tornar um corredor seguro para todos que dependem dela.
Foto: Folha Sul




