O Departamento de Qualidade Ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) inicia, na sexta-feira (17/12), a divulgação da balneabilidade das águas dos balneários e praias do Rio Grande do Sul. Serão monitorados 82 balneários e praias em 42 municípios gaúchos. Os dados serão divulgados sempre às sextas-feiras, no site e nas redes sociais da Fepam, até 4 de março de 2022.
O Balneabilidade integra o programa RS Verão Total, que abrange todas as ações do governo gaúcho nessa temporada 2021/2022, e tem como principal objetivo informar sobre as condições de banho.
Os banhistas devem ficar atentos aos avisos de local próprio ou impróprio que estarão em destaque em placas fixadas em cada um dos pontos de coleta e análise da água. O aviso de impróprio significa que as águas estão contaminadas e as pessoas devem evitar o banho naquele ponto. Quando a placa estiver com o selo de próprio, o banho está liberado.
As placas foram produzidas e distribuídas pela equipe da Fepam e cada prefeitura fica responsável pela instalação, conservação e manutenção. Além disso, os veranistas poderão consultar os resultados das análises no aplicativo do Sistema de Balneabilidade, que entrará no ar na sexta (17). Para que os veranistas possam aproveitar a beira da praia sem riscos, o sistema também traz informações sobre previsão do tempo e condições do mar.
A Fepam realiza o Projeto Balneabilidade anualmente, desde 1979, sempre na temporada de veraneio. Além das coletas e análises realizadas pelo laboratório da Fundação em parceria com a equipe da Regional nos balneários do Litoral Norte, o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) realiza as análises e coletas nos balneários da praia do Laranjal e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), nos demais balneários do Estado.
Avaliação da Balneabilidade
Para analisar as condições bacteriológicas nas praias e balneários, a Fepam utiliza o parâmetro Escherichia coli. Analista geóloga da fundação, Cátia Luisa Gayer Vaghetti explica que a bactéria habita o trato intestinal de humanos e outros animais endotérmicos (sangue quente).
“A sua presença em abundância na água é um bom indicador para contaminação por fezes (esgotos), existindo, portanto, a possibilidade de haver, naquele local, micro-organismos intestinais capazes de provocar doenças”, afirma Cátia.
O local é classificado da seguinte forma:
• Próprio: quando em 4 de 5 coletas os valores de E. coli forem iguais ou inferiores a 800 por 100 ml de amostra.
• Impróprio: quando 2 de 5 amostras tiverem valores superiores a 800 células por 100 ml ou na última das 5 amostras o valor for superior a 2.000.