Que Francisco é um papa surpreendente já sabemos. Com frequência ele estremece o mundo católico com uma novidade, ou com um novo apelo. Desta vez, convocou toda a Igreja para um Sínodo, cujo tema é a “sinodalidade”. (De um jeito muito simples, a palavra “sinodalidade” significa “caminhar juntos”.) E o tema do Sínodo é: Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão!
Por que há algo extraordinário neste Sínodo?
É que o Papa Francisco está exigindo que toda a Igreja participe. Exatamente: TODA! Que em todos os cantos do mundo, em todas as comunidades, nas catedrais e fora delas, sejam criadas oportunidades para as pessoas falarem o que pensam da Igreja e darem sugestões para ela atuar de forma mais eficaz e coerente no mundo.
Como evento, o Sínodo foi inaugurado em outubro último e se estenderá até outubro de 2023. Ao longo destes dois anos, os membros da hierarquia (bispos, padres, diáconos) juntamente com todo o povo, se encontrarão para dialogar, numa experiência que deverá ser nova e reveladora.
Uma pergunta central deve ser aprofundada e respondida: Anunciando o Evangelho, uma Igreja sinodal “caminha em conjunto”: como é que este “caminhar juntos” se realiza hoje na nossa Igreja particular? Que passos o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”?
A grande sacada do Papa é promover uma reflexão sobre como a Igreja se organiza e atua. E propõe como característica essencial da Igreja do terceiro milênio, que a sinodalidade não pode ser esquecida. Ou seja, que a Igreja reveja sua forma de ser e atuar, ampliando radicalmente a participação e a corresponsabilidade de todos.
A Diocese de Osório assume o compromisso de participar ativamente do processo sinodal. Durante os meses do veraneio, quer escutar as dezenas de milhares de irmãs e irmãos que participam das comunidades litorâneas; esta é uma voz importante para a autoconsciência da Igreja Diocesana. A partir de março, intensificam os encontros e diálogos no interior das comunidades e paróquias, ouvindo as lideranças e os conselhos; também, serão oportunizados momentos de diálogos com os católicos afastados e aqueles que assumem missão no mundo da cultura, da política, da educação, dos movimentos sociais.
É hora de participar. É hora de dialogar. É hora de “caminharmos juntos”.
Fonte Diocese de Osório / Por Pe. Luciano Motti e Ir. Josete Rech, IENS