SEGURANÇA

Um ato de coragem marcou a tarde do último dia 27 de julho em Torres e voltou a ganhar destaque na última segunda-feira (8). Dois policiais da Patrulha Maria da Penha não pensaram duas vezes ao pular em um valão, na Avenida do Riacho, no centro da cidade para salvar uma mulher que ficou presa dentro de um carro capotado e submerso.

O veículo, um Renault Megane, havia caído na água e estava parcialmente tomado pela correnteza. Enquanto populares acionavam ajuda, o soldado Ianke entrou no valão, cortou o cinto de segurança e retirou a vítima do interior do carro. A mulher apresentava escoriações e estava desorientada, mas foi estabilizada no local e encaminhada ao pronto atendimento.

Na ação também atuaram o sargento Amauri e o soldado Lago, que auxiliaram no salvamento. O episódio teve final feliz graças à agilidade da equipe, que transformou um momento de desespero em resgate.

Foto: Divulgação BM

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O mês de agosto terminou com números positivos na área da segurança pública nos municípios do Litoral Norte. Levantamento dos índices criminais aponta uma redução significativa em diferentes tipos de ocorrências, com destaque para a ausência de homicídios e de roubos a residências e comércios durante todo o período.

Comparando com agosto do ano passado, os indicadores mostram quedas importantes: homicídios tiveram redução de 100%, roubos a residências e a estabelecimentos comerciais também não foram registrados, enquanto os roubos a pedestres caíram 67% e os furtos com arrombamento diminuíram 43%.

A queda nos índices é atribuída ao reforço no policiamento ostensivo e às ações de monitoramento em pontos estratégicos, o que contribuiu para ampliar a sensação de segurança da população nos dez municípios abrangidos.

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Na tarde desta terça-feira (2), Capão da Canoa recebeu uma reunião estratégica que reuniu Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros. O encontro teve como objetivo definir ações conjuntas para reforçar o combate à criminalidade no Litoral Norte gaúcho.

A troca de informações entre as instituições permitiu mapear os principais pontos de incidência de crimes e organizar o uso dos recursos de forma integrada e eficiente. A ideia é fortalecer o trabalho em rede, garantindo respostas mais rápidas e eficazes diante das demandas de segurança pública da região.

A união das forças reafirma o compromisso de intensificar a presença e a atuação em áreas estratégicas, promovendo mais tranquilidade para a população do Litoral Norte.

Foto: Divulgação BM

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Nova estrutura conta com dezoito estações de trabalho para garantir mais agilidade no atendimento à população do Litoral Norte.

O governo do Estado inaugurou a nova sede da Delegacia de Polícia de Cidreira. A solenidade foi na terça-feira (19). O novo prédio está localizado na Rua João Neves, nº 50, no bairro Centro.

Com uma estrutura moderna, acessível e bem localizada, a nova Delegacia proporcionará melhores condições de trabalho aos policiais civis e mais conforto à comunidade, especialmente durante a temporada de verão, quando a população local aumenta significativamente.

A nova estrutura conta com dezoito estações de trabalho, distribuídas entre os setores de plantão, investigação, cartórios e secretaria, o que garante mais agilidade no atendimento e maior eficiência nas atividades.

Maior eficiência nos serviços

Cidreira tem governo do Estado. A nova sede Delegacia de Polícia da cidade é responsável pelo atendimento e apuração das infrações penais ocorridas na circunscrição do município. Mais do que uma mudança de endereço, trata-se de um investimento em estrutura, serviço público e cidadania.

Além disso, a nova sede também representa uma economia aos cofres públicos, considerando que o valor do aluguel é cerca de 50% inferior ao anteriormente pago, otimizando a gestão dos recursos destinados à segurança pública.

_{Texto: Ascom DCS/PC}

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Arroio do Sal é mais recente município do Litoral Norte a aderir à campanha “Banco Vermelho”, iniciativa internacional que dá visibilidade à luta contra o feminicídio e a violência de gênero. Integrando a programação do Agosto Lilás, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cidadania, Trabalho e Desenvolvimento Social e da Coordenadoria da Mulher, inaugurou na última sexta-feira (15), o assento que simboliza a memória das vítimas e orienta como denunciar os casos de crimes. O espaço público escolhido para receber o projeto foi a Praça da Emancipação, anexa à sede da Prefeitura. 

A abertura do evento contou com a apresentação do coral municipal Vozes Iluminadas e reuniu autoridades, moradores e convidados, entre eles: a coordenadora estadual do projeto, Denise Artemi; a presidente do Ilê Mulher de Arroio do Sal, Rose Castilhos; o pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, padre Edson Maxy Bataglin; o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl; além de integrantes do movimento vindos de municípios como Cidreira, Balneário Pinhal e Torres.

Esse projeto italiano, desenvolvido pelo movimento Stati Generali delle Donne (Estado Geral das Mulheres, em português), já está presente em países como Estados Unidos, Emirados Árabes, Mongólia, Espanha, Áustria, Vietnã, Austrália e Argentina.

No Brasil, a coordenadora Denise Artemi implantou a proposta em 2024. Durante a sua fala, a representante destacou que busca expandir a iniciativa para outras regiões do estado. “Infelizmente, enquanto eu vinha para Arroio do Sal, foi divulgado na rádio mais um caso de feminicídio aqui na região, em Imbé. Esse é um projeto simples, sem cust o, mas com grande impacto. Ele mantém viva a memória das mulheres vítimas e atua como um ato político de enfrentamento. Levamos também o “Banco Vermelho” para as escolas, para que as crianças aprendam desde cedo sobre respeito, valores e direitos iguais”, explicou. 

Outros municípios já aderiram

Em Osório, o banco vermelho foi instalado na Praça das Carretas. O local foi escolhido pela ampla circulação de pessoas, garantindo maior visibilidade à campanha.

Em Torres, a ação ocorreu no início de julho, com a instalação do banco em frente ao Fórum, conduzida pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça (CEVID/TJRS).

Em Tramandaí, o Legislativo aprovou em 2024 o projeto de lei que institui a iniciativa. O banco deverá ser instalado em breve, em parceria entre a OAB Tramandaí, a Procuradoria da Mulher da Câmara de Vereadores e a Prefeitura.

No Rio Grande do Sul, a campanha já está presente em cidades como Pelotas, Santa Maria, Rio Grande, Porto Alegre, Caxias do Sul, Itaqui, Dom Pedrito, Canoas e São Leopoldo. Em nível nacional, a ação é coordenada pelo Instituto Banco Vermelho.

Conscientização nas escolas 

O prefeito Luciano Pinto reforçou a importância de conscientizar os mais jovens e o público masculino sobre os direitos femininos. Em sua fala, parabenizou Denise por trazer o projeto ao Brasil e reafirmou o compromisso da gestão municipal com as políticas de defesa das mulheres. “A violência contra a mulher vira questão cultural quando não implantamos políticas públicas e tomamos as devidas providências. Muitas vezes, o problema se dá nos lares, onde a mulher sente medo de fazer a denúncia. Por isso, ser o primeiro município do litoral a adotar a campanha é uma alegria, porque representa o nosso protagonismo”, disse Luciano Pinto. 

A secretária Gilséia de Oliveira destacou que a proposta é instalar mais bancos em outros espaços públicos da cidade, levando a conscientização para o nível educacional. “Quero aproveitar para confirmar que iremos expandir esse projeto para as nossas escolas da rede e os postos de saúde. Além disso, não posso deixar de mencionar a autonomia para escolher a Patrícia Moyano Nascimento, a coordenadora da Mulher, que está fazendo um ótimo trabalho”, complementou a secretária. 

Canais de denúncia

A campanha é mais do que um marco visual perpetuado em espaços públicos: o assento instalado na Praça da Emancipação evidencia os telefones nos quais as mulheres de Arroio do Sal podem fazer suas denúncias. “Banco Vermelho” é a tradução para “Panchine Rosse”, projeto originário na Itália, em 2006. A campanha tem como base três funções principais: educativa, ao promover debates e reflexões sobre o feminicídio; protetiva, ao orientar e divulgar canais de denúncia; e servir de memorial, homenageando as vítimas.

Aos poucos, o vermelho vivo simbolizando o sangue de todas as mulheres que perderam suas vidas por conta violência, foi conquistando o mundo e hoje está presente em mais de 30 países. Acompanhando a mensagem trazida pelo “Banco Vermelho”, a Prefeitura Municipal reforça a importância de buscar ajuda d iante de qualquer situação de ameaça ou violência. Denunciar pode salvar vidas! Confira os contatos:

(51) 3687-3514 – Secretaria de Cidadania / Coordenadoria da Mulher
180 – Central de Atendimento à Mulher
190 – Polícia Militar
(51) 99572-9145 – Brigada Militar de Arroio do Sal

TEXTO: ASCOM PMAS / DENISE POSSEBON E FOTOS: THAYSON MACHADO

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O mês de agosto chega com uma pauta urgente e necessária, o enfrentamento à violência contra a mulher. Em Torres e nos municípios da comarca, os números assustam e reforçam a importância da campanha Agosto Lilás, instituída nacionalmente para conscientizar e fortalecer ações de proteção.

Segundo a diretora do Centro de Referência da Mulher Priscila Selau (CRM), Débora Fernandes, de janeiro a julho de 2025, foram registrados 156 atendimentos a mulheres vítimas de violência na comarca de Torres, composta por sete municípios, sendo a maioria residentes no próprio município.

A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Michele Brocca, destaca que esses dados são apenas a “ponta do iceberg”. “Muitos casos ainda não são denunciados. O aumento pode estar relacionado à maior visibilidade e orientação às vítimas, mas também reflete uma violência estrutural e persistente em nossa sociedade.”

COMARCA EM ALERTA

Além de Torres, os atendimentos envolvem também os municípios de Mampituba, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul, Três Forquilhas e Arroio do Sal, este último, inclusive, tem registrado crescimento expressivo nos casos, o que pode estar relacionado ao seu rápido crescimento demográfico.

Débora alerta ainda para um dado pouco discutido, o aumento da violência contra mulheres idosas. “No ano passado, apenas uma idosa foi atendida no CRM. Neste ano, já são cinco casos. A violência contra a mulher idosa é silenciosa, invisibilizada, e precisamos falar mais sobre isso.”

CONFERÊNCIA COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO

No próximo dia 14 de agosto, quinta-feira, será realizada, na APAE de Torres, das 13h às 18h, a Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM), Patrícia Simão, reforça que a participação da sociedade é essencial. “A conferência é uma etapa fundamental para a construção do Plano Municipal de Políticas para as Mulheres. É um espaço democrático onde as mulheres podem falar, propor e contribuir com políticas públicas de verdade.”

REDE DE APOIO

Segundo a secretária Michele, uma das prioridades da atual gestão foi a reativação do COMDIM, que estava inativo. “Sem o Conselho funcionando, não é possível avançar. Hoje temos o CRM fortalecido, o COMDIM atuante e estamos fortalecendo junto com a Promotoria de Justiça da Comarca a Rede Lilás no município.”

CICLO DE VIOLÊNCIA E APOIO INTERSETORIAL

A maior parte dos casos registrados no CRM envolve relações conjugais. Casos de violência psicológica são os mais frequentes, forma de agressão silenciosa que muitas vezes precede agressões físicas e pode levar ao suicídio.

“A dependência emocional, econômica e a vergonha impedem muitas mulheres de denunciar”, afirma Débora. “É por isso que o trabalho intersetorial com saúde, educação e assistência social é tão importante.”

Além disso, “Municípios que dizem não ter registros de violência contra a mulher devem ser observados com atenção. A ausência de registro não significa ausência de violência, mas sim ausência de escuta e acolhimento.”

ATENDIMENTO NO CRM PRISCILA SELAU

O Centro de Referência da Mulher Priscila Selau, em Torres, conta hoje com equipe formada por assistente social, psicóloga, estagiárias e apoio jurídico fornecido pela Procuradoria do Município, quando necessário. Débora explica que não é preciso registrar ocorrência para buscar ajuda. “Muitas mulheres acham que precisam denunciar para serem atendidas. Não é verdade. O primeiro passo pode ser a conversa, o acolhimento, o apoio psicológico. O CRM está de portas abertas.”

PROGRAMAÇÃO DO AGOSTO LILÁS EM TORRES E REGIÃO

• 7 de agosto – Aniversário de 19 anos da Lei Maria da Penha
• 11 de agosto – Roda de conversa sobre violência de gênero em Dom Pedro de Alcântara
• 14 de agosto – Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, das 13h às 18h, na APAE de Torres
• 15 de agosto – Capacitação com agentes de saúde e rede de proteção em Mampituba
• 20 de agosto – Roda de conversa no Presídio Estadual Feminino de Torres
• 21 de agosto – Ação educativa com alunos do 5º ao 9º ano em Morrinhos do Sul
• 24 de agosto – Grande ação pública na Praça Getúlio Vargas, em Torres, das 14h às 17h, com oficinas, cultura e rodas de conversa
• 26 de agosto – Celebração dos 10 anos do Centro de Referência da Mulher com chá para as usuárias e atividades terapêuticas
• 27 de agosto – Ação com Clube de Mães e rede de proteção social em Morrinhos do Sul
• 30 de agosto – Seminário com a Secretaria de Cultura sobre empoderamento feminino e cultura

DENUNCIAR É ROMPER O CICLO

Além dos serviços locais, as mulheres podem acessar canais nacionais como o 180, que oferece orientação e encaminhamento 24 horas por dia, além da possibilidade de registro via Delegacia Online, modalidade que passou a aceitar denúncias com base na Lei Maria da Penha. Programas como a “Máscara Vermelha” em farmácias e o “sinal da mão” também funcionam como formas silenciosas de pedir ajuda.

Em Torres e região, o Centro de Referência da Mulher está disponível para acolhimento, orientação e suporte gratuito. Atendimento: de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

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O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 apontou o Rio Grande do Sul como o Estado que teve a maior queda em roubos a pedestre no ano passado. O crime, um dos que mais tem ligação com a sensação de segurança da população, apresentou redução de 45,9% na taxa de ocorrências por 100 mil habitantes. Conforme o Anuário, em 2023 o Estado contabilizou a taxa de 198,1 casos a cada 100 mil habitantes. Já em 2024, foram 107,2 por 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, o índice chegou a 155,2 casos por 100 mil habitantes em 2024 (no ano anterior, a taxa era de 200,6).

A redução significativa dos indicadores representa a consolidação de um plano de Estado focado no cidadão, liderado pelo governador Eduardo Leite, com ações preventivas e repressivas, buscando resultados de médio e longo prazos. Essa é uma das premissas do RS Seguro, a integração entre as polícias, unindo esforços para combater o crime.

Os números do Anuário convergem com os indicadores que o Estado publica mensalmente. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o roubo a pedestres em 2024 teve uma redução de mais de 10 mil ocorrências se comparado a 2023 (caiu de 25.770 para 15.039). Para se ter uma ideia, o Estado chegou a registrar 57.106 ocorrências de roubo a pedestres em 2018, uma redução de quase 74% nos números absolutos em apenas sete anos. 

Entre as medidas do governo do Estado que fazem diminuir a criminalidade estão ações integradas entre as policiais, maior presença da Brigada Militar nas ruas, aquisição de novas viaturas e equipamentos de comunicação, bem como ações de inteligência nos locais de maior circulação de pessoas.  

Segurança no patrimônio

Nos demais crimes contra o patrimônio, o Estado também apresentou quedas significativas: redução de 33,5% no roubo a estabelecimentos comerciais, passando de 1.814 casos em 2023 para 1.208 em 2024, o que traduz em uma taxa de 10,8 por 100 mil habitantes, sendo a sexta maior queda do país.

Já nos roubos a residência, a redução foi de 25%, com 808 ocorrências em 2024 contra 1.076 em 2023. Neste indicador, a taxa é de 7,2 a cada 100 mil habitantes. O desempenho do RS no combate a esse tipo de crime foi melhor do que no Brasil e na Região Sul. Em relação ao País, foi 3,8 vezes melhor: a redução foi de 14,3% no território nacional, com 9.801 roubos em 2024 frente a 11.388 em 2023. Na Região Sul, os registros caíram 35,67%, de 457 para 294.

Fonte: Governo do RS

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Entrevistas semanais na Rádio Maristela ajudam comunidade a identificar e evitar fraudes cada vez mais sofisticadas.

Com o aumento expressivo dos crimes de estelionato em todo o país, que registrou crescimento de 408% desde 2018, a Rádio Maristela 106.1FM, em parceria com a Polícia Civil de Torres, iniciou uma série de entrevistas semanais com o delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso. O objetivo é alertar a comunidade sobre os principais tipos de golpes em circulação e oferecer orientações práticas para evitar prejuízos.

Na mais recente participação, nesta quinta-feira, 31 de julho, o delegado abordou o chamado “golpe do falso parente“, modalidade que tem feito vítimas em todo o Brasil e já circula com força na região de Torres.

Como se dá o golpe do parente?

De acordo com o delegado Marcos Vinicius, esse tipo de estelionato ocorre geralmente por meio do WhatsApp, quando criminosos assumem a identidade de um familiar da vítima, utilizando inclusive informações pessoais e contextuais, como doenças na família, reformas ou dificuldades financeiras. O golpe consiste em solicitar transferências via PIX para contas de terceiros, com a justificativa de urgência.

“É um golpe que parece simples, mas é extremamente perigoso. Os criminosos muitas vezes clonam o WhatsApp da pessoa e usam conversas e situações reais para convencer os parentes. Isso aconteceu comigo mesmo. Um golpista tentou enganar a minha mãe dizendo que eu precisava de dinheiro para pagar materiais de construção. Ela quase fez o PIX, mas antes me ligou por vídeo e evitou a fraude”, contou o delegado.

Abaixo, o delegado Marcos Vinicius dá as melhores dicas para evitar esse tipo de golpe.

PIX em nome de terceiros é sinal de alerta

Uma das principais dicas deixadas pelo delegado é verificar sempre o nome do destinatário do PIX. Segundo ele, esse é um dos indícios mais claros de golpe: “Se alguém diz ser seu filho ou filha, mas pede que o dinheiro seja enviado para uma conta em nome de outra pessoa, desconfie na hora. Confirmações por ligação ou chamada de vídeo são fundamentais”.

Número desconhecido? Não atenda!

O delegado também reforça o alerta quanto ao comportamento com chamadas e mensagens de números desconhecidos. “Curiosidade é uma armadilha. Se não conhece o número, não atenda. E, principalmente, não clique em links ou envie dados pessoais, mesmo que a mensagem pareça confiável. O criminoso se alimenta da confiança da vítima”, alertou.

Casos como o da ouvinte Marli Santos, que relatou à rádio receber mais de 50 ligações diárias, também foram abordados. Segundo o delegado, é possível solicitar bloqueios de chamadas indesejadas por meio do serviço da Anatel, por meio do site https://www.naomeperturbe.com.br/

Criminosos migraram da violência para os golpes digitais

Marcos Vinicius trouxe ainda um dado preocupante. Enquanto os estelionatos aumentaram 408% no Brasil desde 2018, os crimes de roubo diminuíram 51%. “Os criminosos estão migrando para o estelionato porque é mais lucrativo e menos arriscado. Não há exposição direta nem violência, o que dificulta as investigações e a punição”, explicou.

Ele ressaltou que, mesmo com registros e boletins de ocorrência, é muito difícil reaver o dinheiro perdido em golpes virtuais. Isso porque os valores são rapidamente transferidos entre várias contas, muitas vezes abertas com dados falsos, dificultando o bloqueio judicial.

Próxima ENTREVISTA: golpes bancários e falsas promessas de resgate de valores

A série de entrevistas prossegue nas próximas quintas-feiras, sempre dentro do programa Revista Maristela. O próximo tema será o “golpe do banco”, em que criminosos se passam por instituições financeiras para informar valores a receber ou taxas inexistentes, enganando as vítimas com promessas de vantagens.

“Banco nenhum liga oferecendo dinheiro ou pedindo pagamento de taxa via telefone. Vamos aprofundar esse golpe, porque ele tem causado prejuízos enormes, principalmente entre pessoas idosas”, antecipou o delegado.

Confira a entrevista:

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