A passagem do ciclone bomba pelo Sul do Brasil além de um rastro de destruição em cidades mais populosas, vitimando nove vidas em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul, também as pequenas cidades dedicadas à agricultura foram fortemente atingidas.
No Litoral Norte gaúcho, não há registros de mortes, mas o ciclone além de destelhar muitas casas e galpões, arrancou árvores pela raiz, derrubou postes, danificou redes de energia elétrica e destruiu muitas plantações na região.
Nas comunidades dos Mengues em Dom Pedro de Alcântara, em Três Passos e Rio Bonito em Morrinhos do Sul, muitas famílias tiveram grandes danos em suas plantações de bananas. Em Santo Antônio da Patrulha, enchentes prejudicam as plantações de soja orgânica.
De acordo com a agricultora ecológica da comunidade de Rio Bonito em Morrinhos do Sul, Lia Mara Monteiro Bitencourtt, os bananais foram muito prejudicados, plantações de eucaliptos devastadas, chegando a mudar a paisagem da região, com os morros que antes eram verdes pelas plantações, agora é possível avistar apenas a terra.
De acordo com o Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida de Agroecologia são mais de 300 famílias produzindo de forma agroecológica. Em relação aos prejuízos nos bananais da região, estima-se no mínimo 50 por cento da produção de banana prata foi perdido e de 70 a 80% da caturra, que possui pés mais altos. As plantações de bananas levam de um a dois anos para se recuperar.
Central de Jornalismo – Rádio Maristela, com informações do Centro Ecológico